Resenhas

W-X – W-X

Novo projeto traz Tim Presley de volta ao universo das experimentações caseiras

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Ano: 2015
Selo: Castle Face Records
# Faixas: 20
Estilos: Lo-Fi, Experimental, Rock Psicodélico
Nota: 2.0
Produção: Tim Presley

For the Recently Found Innocent, o último álbum de Tim Presley sob a alcunha de White Fence marcou uma transição importante em sua carreira. Pela primeira vez o músico mudava de ambiente em direção a ares mais polidos e produzia seu trabalho em um estúdio profissional. Todavia, o ambiente amador e intimista das gravações caseiras parecem ser o habitat natural do artista, que resolve dar início a um novo projeto e, com ele, voltar a aura descompromissada e experimental de projetos sem tanto “acabamento”.

Assim é lançado W-X e, com ele, seu álbum homônimo. A intenção dominante aqui parece ser, justamente, a falta de uma intenção muito clara. Em W-X, o álbum, misturam-se fragmentos eletrônicos, canções sem acabamento, ora saídas de uma produção eletrônica caótica, ora da aura punk distorcida dos anos 70, e, ainda em outros momentos, dos exageros lisérgicos dos projetos psicodélicos da década de 60. Trechos e experimentações colocadas sem filtros que formam uma amálgama que parece a materialização de um turbilhão mental.

Com isso sobressai-se uma aspecto de falta de coesão. Projetos experimentais cheios de “rascunhos” como esse não deixam de ser um deleite para os fãs. Todos os aspectos e ângulos criativos de seu ídolo servem para formar uma imagem completa de seu artista favorito. Mas, talvez justamente por isso, o álbum não seja capaz de atrair muitos olhares estrangeiros. À guisa de Frusciante e seu PBX Funicular Intaglio Zone (todavia um pouco mais encorpado que este), W-X é um adendo de lados-B na obra de Presley.

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BOM PARA QUEM OUVE: John Frusciante, White Fence, Ty Segall
ARTISTA: W-X

Autor:

é músico e escreve sobre arte