Resenhas

Willow – Ardipithecus

Lançado de surpresa, disco oscila entre estilos e níveis de qualidade

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Ano: 2015
# Faixas: 15
Estilos: Hip Hop Alternativo, Pop Alternativo, Pop Eletrônico
Duração: 54'
Nota: 2.5

A (ainda muito) jovem Willow Smith (ou apenas Willow) lançou sem aviso prévio seu álbum Ardipithecus, uma coleção de faixas que reúne um pouco do que já vimos a artista fazer nos últimos anos, de um Hip Hop alternativo e contemporâneo ao Pop divertido e dançante, também menos óbvio que o da maioria.

Quem vier com muita sede ao pote encontrará um disco que engasga em algumas faixas repetitivas, outras com menos personalidade do que esperávamos e uma experiência, no geral, um tanto morna demais. As músicas mais Pop, você notará, acabam mais interessantes que as que se propõem a ser mais diferentes, curiosamente – ou nem tanto assim, visto que é mais fácil fazer uma música de apelo popular caprichada do que acertar a mão em algo mais torto e áspero.

Ao ouvirmos Not so Different, Cycles ou IDK (principalmente essa última), a satisfação é real. Ao longo das outras faixas, fica a impressão de que ela ainda não desenvolveu um bom domínio sobre sua interpretação, visto que seu vocal parece em diversas vezes extrapolar as dimensões dos arranjos, o que torna Ardipithecus uma experiência, no geral, cansativa.

Há um talento inegável em Willow conhecido desde sua infância. Fica a impressão, contudo, que é cedo demais para apresentar-se como um estágio avançado de evolução, como a capa do disco narra – até porque não há atitude mais adolescente (no mau sentido, infelizmente) do que sentir-se muito crescido.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.