Resenhas

Opala – Opala

Maria Jobim e Lucas de Paiva mostram sua identidade em formato de longa duração

Loading

Ano: 2016
Selo: Rockit!
# Faixas: 11
Estilos: Synthpop, Dream Pop
Duração: 38'
Nota: 3.0
Produção: Estevão Casé e Opala

A carioca Opala é e sempre foi uma boa banda, digna de todos os elogios que vem recebendo ao longo dos últimos anos – como os destinados ao seu EP de 2013. Veio desta vez o momento de experimentar seu som em um formato de maior duração através do álbum que também leva o nome do projeto, escolha feita ou para manter uma unidade com o lançamento anterior, ou para fortalecer sua identidade através da estética aqui apresentada.

A questão é que Opala não é em momento algum abaixo da média, porém, ironicamente, perde a chance de surpreender, optando por faixas demasiadamente parecidas que falham em conseguir envolver o ouvinte de cima de um pedestal de som tão límpido, etéreo e frio ao mesmo tempo.

The Noise vem como a música mais simpática de todas, mesmo sem ser tão diferente das outras. A impressão é que, se você sortear qualquer faixa – com exceção da décima primeira, Maracajaiaçu, que parece vir como um bônus que comprova a nacionalidade da dupla -, para ouvir, já sacou grande parte do que é o álbum. E o lado negativo é esse, o que acaba por revelar pouca novidade de fato sobre o duo e pode tornar cansativa a audição do disco.

Opala funciona como uma bela fonte para playlists e como mais uma prova do nível de qualidade de produção e o bom gosto por timbres e referências que a dupla possui. É uma pena, então, que, por melhor que seja, sua audição seja prejudicada pela linearidade desde a primeira faixa.

(Opala em uma música: Sagittarius A)

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: Oh Land, Beach House, Poliça
ARTISTA: Opala
MARCADORES: Dream Pop, Synthpop

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.