Se nunca ouviu falar do grupo manauara Alderia pode ser que você já tenha ouvido alguma das ex-bandas dos integrantes do trio: Luneta Mágica e Supercolisor. Se você gosta do som desses dois nomes, não vai ser difícil curtir o resultado visto em Banho, EP de estreia da tríade.
Com sete faixas que andam na corda bamba entre o Pop e Rock, o grupo diverte o ouvinte por pouco mais de 20 minutos com suas músicas leves, de arranjos às vezes pegajosos e cheios de um tempero “alternativo”, que certamente vai pegar pelos ouvidos aqueles que torcem o nariz ao ver a tag Pop.
Versátil e coeso, o compacto consegue mostrar identidade ao mesmo tempo em que apresenta uma grande variação sonora (e temos como contraste os extremos na acelerada Detox e na baladinha ao violão De Nós), além de lírica (ao lidar com temas diversos como pessoas tóxicas em nossas vidas ou uma crise de idade). Essa variação é até mesmo sentida dentro de uma só faixa, como na agridoce Vinte e Tantos Anos.
De certa forma, Alderia é um desdobramento Pop ou pelo menos mais simplificado da ambição psicodélica de Luneta Mágica e do teor experimental de Supercolisor. É como se mágica e ciência se encontrassem em só lugar, tirando a essência fantástica da primeira e subtraindo o olhar experimental do segundo, porém gerando algo mais fácil aos ouvidos.
(Banho em uma faixa: Detox)