DIIV é o nome do projeto paralelo de Zachary Cole Smith, guitarrista da Beach Fossils, que acaba trazendo muito do som de sua banda para o seu trabalho solo. Cheio de belas melodias construídas pelas guitarras e com pitadas aqui e ali do Shoegaze e muito do Dream Pop, Zach faz de seu primeiro disco uma coleção de músicas sonhadoras. Porém, Oshin se apresenta como aqueles sonhos que se repetem noite após noite, chegando ao ponto de você já reconhecê-los após poucos segundos – ou seja, algo que você já viu antes.
Ao som de baterias ecoantes e de uma sólida linha de baixo, (Druun) abre o disco timidamente e apresenta aos poucos os elementos que vão aparecer em cena em seu decorrer. Aos poucos, a música instrumental vai crescendo, chegando ao seu ápice onde as guitarras roubam a cena, com uma bela progressão de acordes e um efeito hipnótico. A segunda faixa, Past Lives, mostra mais elementos que aparecerão neste trabalho, como as letras à la The Smiths e a percussão acelerada, que domina grande parte da obra.
Daqui pra frente, o álbum apresenta pouca variação e explora pouco dentro de um vasto universo que bandas como Wild Nothing e a própria Beach Fossils já se aventuraram e conseguiram melhores resultados. O disco tem boas canções, como Earthboy, que carrega a vibe praiana do Real Estate, Wait, com um tom mais anos 80 que lembra bastante o som do Craft Spells, e Oshin (Subsume), e sua Psicodelia Pop à la Lotus Plaza, mas nenhuma delas parece ter uma identidade própria.
No fim das contas, Oshin se apresenta tão coeso ao ponto de não se notar quando começa ou termina uma faixa. Ao mesmo tempo em que isso “define” a sonoridade da banda, também gera uma mesmice muito grande, assim como uma perda de interesse do ouvinte em seu decorrer. A falta de originalidade também incomoda, ainda mais quando notamos que as melhores músicas do álbum são aquelas que se parecem com isso ou aquilo.
