Resenhas

Manchester Orchestra – A Black Mile To The Surface

Grupo retorna com álbum familiar puxado ao Folk

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Ano: 2017
Selo: Favorite Gentlemen, Loma Vista
# Faixas: 11
Estilos: Indie, Folk, Americana
Duração: 49:07
Nota: 4.0
Produção: Catherine Marks

A Black Mile to the Surface é o quinto álbum da banda norte-americana Manchester Orchestra, uma ilustre representante do Indie Rock e do Emo dos anos 2000 que agora muda levemente o tom de sua música para falar de maturidade.

Atualmente os integrantes daquela banda que conquistou o público com o melodrama enguitarrado de I’m Like a Virgin Losing a Child não vêem mais a vida mesma forma. Todos tentam tocar suas profissões, projetos paralelos e a vida de “homens de família” de maneira equilibrada. Esta é a perspectiva pela qual podemos ouvir o novo trabalho do grupo, que fala eloquentemente sobre a vida cotidiana, com um tom muito mais ensolarado que antes.

A Black Mile To The Surface encara as composições com preciosismo, cuidando de todos os detalhes das faixas com uma perspectiva clássica do Rock: guitarras, baixo, sintetizador e bateria são os ingredientes de uma fórmula aconchegante para ouvidos nostálgicos. O trabalho evoca, ao mesmo tempo, os imaginários do Emo de American Football e do Folk de Villagers, e do estilo Americana com um tom agridoce, astuto, e bastante familiar que vai cativar sem qualquer esforço os amantes do estilo.

Nenhum protocolo é quebrado em A Black Mile to the Surface, a não ser o da própria história da banda, que incorporou o amadurecimento dos integrantes em sua música. Nostalgia e um modo mais sereno de encarar a vida falam de maneira acessível a um público que cresceu junto com seus ídolos.

(A Black Mile To The Surface em uma música: The Gold)

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BOM PARA QUEM OUVE: Dallas Green, Owen, Villagers
MARCADORES: Americana, Folk, Indie

Autor:

é músico e escreve sobre arte