Resenhas

A-Trak – Tuna Melt

Apesar de dançante e já ter sido considerado grande destaque do nicho, ultimamente Macklovitch não ultrapassa as barreiras da trilha sonora de academia

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Ano: 2012
Selo: Fool's Gold
# Faixas: 4
Estilos: Eletrônica, Electro Pop, Electro
Duração: 17:42
Nota: 1.5
Produção: A-Trak

A cada vez mais, fica difícil de se destoar perante às pickups devido a infinidade de DJs que brotam a todo momento, muitos ascendem do undergound direto para pistas lotadas simplesmente por remixar de uma maneira diferente um hit específico ou então compilar sintetizadores e batidas de uma maneira fora do comum. A-Trak foi um dos nomes mais visados nos anos 90, devido a ser um dos percusores da técnica de scratching, ainda tendo tão pouca idade e já constando em seu currículo nesse período cinco títulos de vencedor em grandes competições mundiais do nicho. Nomeado originalmente como Alain Macklovitch, o músico já trabalhou exclusivamente com Kanye West em seu início de carreira e participou diretamente na inserção de scratches em seus primeiros discos Life Registration (2005) e Graduation (2007).

Macklovitch, que ja é conhecido internacionalmente pelos apreciadores do estilo, também já é dono de seu próprio selo, intitulado como Fool’s Gold, estando por trás de nomes como Bag Raiders, Chromeo, Duck Sauce, Kid Cudi e Sweet Valley. Toda a fama, reconhecimento e conforto ao redor do rapaz parece não o impressionar ou motivar de forma plena a ponto de inovar investindo em novas técnicas ou recriações inusitadas, principalmente ao se deparar com o lançamento de seu mais novo EP, Tuna Melt.

As quatro faixas que preenchem o atum com queijo de Alain são tão estimulantes quanto a rotina de um arroz-feijão no almoço. A continuidade sonora não impressiona nem diverte tanto, traz em looping a típica batida pesada que chega ao auge aos poucos e se dissolve em novo ritmo até o finalizar da música. A inserção de sintetizadores nas faixas Landline e Jumbo trazem algumas nuances de nomes que estão sempre em voga por se diferenciar a todo momento, como Major Lazer, Justice e até mesmo o brasileiro N.A.S.A.. Porém, A-Trak não sai dessa sombra e insiste em seguir o mais do mesmo.

A trilha sonora combina de fato quando sua dose de álcool já passou da necessária e você se diverte além do comum, ou então como um estimulante para perder peso, mas não transita tão facilmente quanto pretende – nem pelo fato de experimentação, mas sim por se repetir incessantemente.

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ARTISTA: A-Trak

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.