Resenhas

Delphic – Collections

Ainda que melhor produzido, trio perde sua personalidade em seu novo disco e faz dele uma grande coleção de elementos que ganharam destaque nos últimos três anos na cena Electro Indie

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Ano: 2013
Selo: Polydor
# Faixas: 10
Estilos: Indie Pop, Electro Indie, Synthpop
Duração: 43:06
Nota: 2.5
Produção: Ben Allen and Tim Goldsworthy

Collections, segundo álbum do trio inglês Delphic, é explicado por seu nome. O disco parece uma grande coleção de faixas que, mesmo sonoramente bem divergentes, conseguem soar minimamente bem quando postas todas juntas. A abrangência das dez faixas vaga pelo Synthpop, Electropop, Indie Pop e outras tendências eletrônicas que deixam este trabalho, ao contrario de seu antecessor, Acolyte (2010), um grande “mais do mesmo” do que já vimos surgir durante os últimos três anos na cena Electro Indie.

“Nós temos ouvido muito Hip-Hop de artistas como Jay-Z e várias faixas R&B que fizeram sucesso nos anos 80, repletas de sintetizadores e boas batidas”. Foi assim, em novembro de 2012, que os membros da banda apresentaram os caminhos que estava seguindo em seu novo disco. Os primeiros singles, Of The Young e Baiya, explicam um pouco destas novas influências e do que poderíamos esperar para esta nova fase do trio.

Porém, as duas faixas eram somente uma pequena amostra de tudo o que viríamos na salada musical que se tornou Collections. Em suas dez canções há colagens de diversos estilos e influências: algo meio Passion Pit em Freedom Found, uma tentativa de Dubstep em Atlas, Rap em Exotic e um R&B em câmera lenta à la How To Dress Well em Tears Before Bedtime, só para citar algumas das formas que a mistura Pop do trio consegue assumir.

Sem dúvida alguma, houve melhoras na sonoridade do trio – os vocais, algumas batidas e até mesmo a produção em geral ganharam maior requinte -, porém aliado a isso veio a falta de personalidade. Se o debut dos ingleses causou grande frisson entre crítica e público por explorar tão bem a mistura entre o Indie Pop e Música Eletrônica, aqui ela perde a originalidade ao explorar os elementos usados anteriores e não consegue unir de forma coesa todos os elementos inéditos que trouxeram para este álbum – ainda assim Collections cria alguns bons momentos dentro de seus pouco mais de 40 minutos.

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BOM PARA QUEM OUVE: Passion Pit, Miike Snow, Cut Copy
ARTISTA: Delphic

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts