Resenhas

Gold Panda – Trust

Apostando no minimalismo, o londrino traz o que pode ser seu melhor disco já lançado. Curto e bem urbano, EP é perfeito para se ouvir numa caminhada pela cidade.

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Ano: 2013
Selo: Ghostly International
# Faixas: 5
Estilos: Eletrônica, Downtempo, Minimal
Duração: 17:01
Nota: 4.0
Produção: Gold Panda

O músico sempre tem uma alma em ebulição, inquieta, a procura de algo que possa ser acrescido ao seu som e fazer dele uma obra com seu toque particular. Na música eletrônica, essa busca se mostra ainda mais incessante, com os produtores/DJs se descobrindo a cada material lançado. E com Derwin, ou melhor, Gold Panda, não seria diferente, com uma discografia praticamente formada por EPs e singles buscando sempre novos elementos para o seu som. Agora, com o lançamento de mais um compacto, Trust, o produtor londrino mostra uma sonoridade que difere de seus trabalhos passados, levando uma linha mais simplificada, entretanto, mantendo a qualidade.

Deixando de lado o som mais dançante e com elementos percussivos e várias camadas e samples, Gold Panda traz em Trust um mergulho no Downtempo e no Minimal, produzindo músicas sem vibração para a pista, mas com uma cara mais urbana. O londrino consegue nas cinco faixas do EP uma musicalidade mais crua, com poucas intervenções. Possuindo apenas 17 minutos de duração, este se mostra na medida para se ouvir caminhando pelas ruas e observando carros e edifícios em meio a uma chuva fina e pessoas vestidas de preto segurando seus guarda chuvas. Um verdadeiro teletransporte interno para a capital da terra da Rainha ou até mesmo para a nossa Terra da Garoa.

Para se ouvir numa tacada só, Trust, que pode ser tido como o disco mais maduro de Gold Panda, passa uma musicalidade encorpada e mostrando que o produtor consegue fazer algo que pode parecer fácil, mas na verdade acaba sendo difícil: passar algo bem feito e belo apenas usando o simples. Arriscar-se em dizer que é o melhor álbum e sua carreira é praticamente atirar no certo.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).