Resenhas

Flux Pavilion – Blow The Roof

Produtor inglês de Dubstep traz disco cheio de referências externas e propõe novos ares ao gênero que se populariza cada vez mais

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Ano: 2013
Selo: Blow The Roof
# Faixas: 8
Estilos: Dubstep
Duração: 31:43
Nota: 3.5
Produção: Flux Pavilion

Flux Pavilion é o nome artístico do DJ e produtor inglês de Dubstep Joshua Steele. Apesar de ser considerado do mesmo gênero de nomes como Skrillex, o músico se mostra um pouco mais abrangente em seu segundo EP, Blow The Roof, e acaba abordando outros estilos da Eletrônica, criando um trabalho irrestrito aos fãs da música sintética.

É óbvio que a sobreposição de idéias e camadas do Dubstep aparece em algumas faixas. Quando vemos o som rolando, podemos concluir que ele é sim um estilo pertinente à geração atual de amantes/ouvintes de música. Assim como os jovens de hoje em dia são multifacetados, interdisciplinares e acostumados ao excesso de informação, o gênero também é. Veja, por exemplo, os sintetizadores em OneTwoThree (Make Your Body Wanna), os quais são misturados a vozes graves vistas a exaustão no novo Hip Hop. Tudo serve de introdução para uma quebra de ritmo cheia de explosões à la Major Lazer, com um baixo estridente e um ritmo constante que lembra uma música feita com máquinas, robótica.

Blow The Roof pega influências latinas e do Dancehall e adiciona a base comum do Dubstep para criar uma faixa feita para as pistas do estilo. Ótima. Double Edge inclui os rappers Sway e P Money para criar uma excelente faixa de Hip Hop, demonstrando que Steele gosta e quer ampliar o seu leque de possibilidades. Fato também visto em I Feel It, canção Daft Punkiana, com claras influências na fase Discovery do duo.

O EP ainda é recheado de outros bons Dubsteps, como The Scientist e Do or Die, ambos com a mesma base e quebras de ritmo típicas, mas com vocais que dão tons diferentes. O primeiro tem o próprio DJ cuidando das vozes e a segunda com Childish Gambino, criando mais um Hip Hop no disco. I Still Can’t Stop é quase um remix do maior sucesso do produtor, I Can’t Stop, e continua excelente, se mostrando uma das melhores músicas desse EP. Starlight termina o disco,com mais uma canção já lançada anteriormente e que infesta a pista de modo contagioso. Quebradeira.

O Dubstep pode ser considerado o gênero eletrônico do momento, principalmente entre os mais jovens. Para isso, um DJ que o toca deve faze-lo de modo que as tendências estejam sempre se renovando, para não soar cliché ou repetitivo demais. Flux Pavilion consegue criar um som que soa como Dubstep mas com um aroma diferente, mais abrangente. Sorte de quem está acompanhando a cena, e vê que o seu lado comercial já está mudando.

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BOM PARA QUEM OUVE: Skrillex, Major Lazer, Burial
ARTISTA: Flux Pavilon
MARCADORES: Dubstep

Autor:

Economista musical, viciado em games, filmes, astrofísica e arte em geral.