Resenhas

Mombojó – Mombojó 11° Aniversário

Disco que comemora onze velinhas em cima do bolo do quinteto pernambucano conta com a presença de convidados e novas versões de velhos sucessos

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Ano: 2013
Selo: Joinha Records
# Faixas: 10
Estilos: Rock Alternativo, Indie Rock, Post-Manguebeat
Duração: 46:14
Nota: 3.5
Produção: Mombojó

Mombojo 11° Aniversário foi feito para comemorar na verdade a décima velinha sobre o bolo da banda pernambucana, porém alguns atrasos fizeram o quinteto adiar seu presente aos fãs (e para si mesmo). Composto por dez faixas (somente uma delas inédita), o disco é misto de regravações, readaptações feita por outros artistas e ainda algumas participações especiais.

Tem cara de presente para os fãs mais antigos, pois grande parte do álbum foi retirada de Nada de Novo (2004) e Homem –Espuma (2006). As únicas canções de seu disco mais recente são Justamente e Amigo do Tempo, que também nomeia a obra lançada em 2010.

A recriação de Vazio e Momento a deixou com um aspecto mais contemporâneo adicionando um acompanhamento diferente do sintetizador e uma batida menos roqueira que a sua original, mas ainda assim manteve seu aspecto Brega. Na sequência, vem a única inédita da compilação. Procure Saber ganha contornos do Dream Pop e um clima oitentista que deixam ainda mais clara a brasilidade contida no suingue da canção. Seguindo a mesma linha, Saborosa, ganha um aspecto datado dos anos 80 com seus sintetizadores, drum machines e reverberações típicos da época. Ao contrario destas, Deixe-se acreditar segue à risca a original.

As recriações dão uma pausa para uma dobradinha com versões mais fiéis em Faaca, que conta com a participação de Igor Medeiros (produtor da estreia do Mombojó, Nada de Novo), e Realismo Convincente que conta com os vocais de Cannibal, dos Devotos. A última participação especial fica por conta de China e seu irmão Ximaru na faixa Estático, que ganha um toque ainda mais melancólico e depressivo que a sua original.

As adaptações ficam por conta de Vítor Araújo e Nação Zumbi. Vitor refaz ao som do piano a faixa instrumental Baú em uma lindíssima interpretação de mais de nove minutos e a Nação Zumbi recria Justamente com ao som tímido das batidas de maracatu e com um clima um pouco mais Pop.

Como em boa parte dos aniversários e datas comemorativas, o saudosismo toma conta. Mas, às vezes, relembrar o passado pode ser também uma maneira de vislumbrar o futuro e isso nos deixa curioso para saber como irá soar o próximo lançamento da banda.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts