Resenhas

Western Medication – Painted World EP

Curto debut da banda de Nashville mostra uma interessante mistura de Surf Music e Punk, mas ainda muito crua

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Ano: 2013
Selo: Jeffery Drag Records
# Faixas: 4
Estilos: Surf Music, Punk, Post-Punk
Duração: 10:17
Nota: 3.0
Produção: Jeremy Ferguson

O estado de Tennessee, nos EUA, pode ser considerado um expoente musical. Cidades como Memphis, capital do Blues, e Bristol, cidade natal do Country são alguns exemplos. No entanto, poucas cenas são tão efervescentes atualmente como em Nashville, cidade mais populosa de todo o estado. É de lá que saem diversas bandas novas e uma delas é Western Medication, grupo que está lançando o seu primeiro EP intitulado Painted World.

Uma mistura de Punk com Surf Music e leves toques psicodélicos dá a mistura do som deste “remédio ocidental”. Curto e explosivo, o EP tem quatro músicas que juntas dão um pouco mais de 10 minutos. Painted World é o primeiro single e nele temos claras referências ao Surf com uma introdução ondular, que remete aos anos dourados de bandas como Beach Boys. No entanto, a música vai aumentando o seu tempo, acrescentando distorções e se torna algo muito hibrido entre o Punk e o estilo.

Logo em seguida, temos o exemplo do porquê a explosão fazer parte da banda. Big City, com menos de um minuto é puro Punk em sua estrutura baseada nos “tricordes”, letras rápidas e muito barulho. Problems in D.C tem uma ótima linha de baixo e continua com a curta duração vista anteriormente. A atitude de se acabar com solos intermináveis e ir mais direto ao ponto, algo primordial na criação do Punk, é visto nesta canção que não se preocupa muito com enrolação.

50 ft. Dive volta ao Surf Music visto na faixa inicial e tem toques de psicodelia com os seus acordes repetidos, misturados a um vocal Lo-Fi e uma distorção colocada na medida certa. Mais duradoura, acaba formando um “sanduiche” entre as canções rápidas e grossas vistas no EP.

Apesar de realizarem um som consistente, Western Medication ainda carece um pouco de uma maior identidade, algo que a faça ganhar maior destaque. O som visto neste EP não é ruim, longe disso, mas ao final de algumas escutadas podemos constatar que a banda não foge tanto do lugar comum da Surf Music e do Punk. Um disco, mais bem produzido e elaborado talvez nos venha mostrar qual é realmente o som do grupo.

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BOM PARA QUEM OUVE: Trashmen, Surfer Blood, Sex Pistols
MARCADORES: Post-Punk, Punk, Surf Music

Autor:

Economista musical, viciado em games, filmes, astrofísica e arte em geral.