Resenhas

Last Dinosaurs – In A Million Years

Esses australianos conseguem empolgar em seu disco de estreia, mostrando uma grande síntese dos anos 2000 em sua música. Com riffs poderosos e pegajosos, a banda põe todo mundo pra dançar

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Ano: 2012
Selo: Dew Process
# Faixas: 11
Estilos: Indie Pop, Indie Rock, Power Pop
Duração: 42:45
Nota: 3.5
Produção: Jean-Paul Fung

Há algum tempo, a cena australiana tem nos apresentado muita coisa boa: os hypados Gotye, a dupla folk Angus & Julia Stone e os já consagrados The Temper Trap, entre inúmeras outras. No campo do Power Pop, a banda que mais me impressionou nos últimos tempos foi a Last Dinossaurs. Com um som bem diferente de tudo o que veio de lá até agora, esse quarteto vem explorando uma sonoridade festeira conduzida pelas guitarras em belos arranjos.

Com um ótimo EP lançado em 2009, já começaram a fazer algum barulho por lá. No lançamento de In a Million Years, em 2012, expandiram os horizontes e chegaram aos ouvidos americanos e europeus. Com um som profundamente enraizado nos anos 2000, a banda não faz nada de muito inovador, mas a maneira com que fazem sua música encanta.

Com um som muito animado, eles juntam as guitarras do Two Door Cinema Club com as batidas e energia do quase Math Pop do Tokyo Police Club e ainda um som que lembra Phoenix. Suas guitarras suingadas e pegajosas criam um som em camadas que está em moda, e a percussão da banda também merece destaque, com batidas que estão entre o Caribenho e o Africano, conferindo um apelo pop muito forte ao trabalho.

As letras são repetitivas e não exploram muitos temas, mas tudo bem, sonoramente eles ainda são ótimos. Zoom abre o disco com guitarras distorcidas e sintetizadores, e em um grande clima festeiro a música apresenta a vibe que o disco vai seguir em quase toda sua extensão. Explosivo e alegre, esse foi o segundo single do álbum.

Continuando a festa Indie, temos I Can’t Help You e Sunday Night. Flertando com o Indie Rock, I Can’t Decide coloca mais distorção em suas guitarras, principalmente em seu refrão. Já naquele clima fim de festa, Used To Be Mine abaixa um pouco o ritmo, em seus mais de cinco minutos a música conta com belas harmonias de guitarra.

O som da banda não contém muita novidade, mas condensar os melhores pontos de Indie Pop mundial dos últimos dez anos é um ponto fortíssimo de In a Million Years. Diferente de tudo o que já vimos sair da Austrália, essa é uma banda que tem muito potencial e já prova um pouco dele em seu debut.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts