Em seu segundo disco, Wish To Scream, o quarteto inglês Tribes se prova tão ou mais inofensivo (e de qualidade questionável) que em sua estreia no ano passado. Pasteurizando novamente tendências do Indie Rock dos últimos dez anos, o grupo cria um registro vago e totalmente carente de momentos minimamente marcantes. O álbum amontoa 37 minutos (distribuídos em onze faixas) de sonoridades que você provavelmente já conhece (e deve gostar quando vindo dos originais), mas que mesmo assim falham em empolgar o ouvinte.
Se utilizando mais uma vez das mesmas referências sonoras (Wilco, Pixies e Girls), a sensação de “novidade” vem com tendências de Primal Scream (Looking for Shangri-La’s), U2 (How the Other Half Live), The Kooks (Sons and Daughters) e Oasis (Englishman on Sunset Boulevard*). Sem dúvida alguma as referências são ótimas, mas a falta de personalidade ao tratá-las leva o álbum a um terreno batido, mais amostras do mesmo sem graça. Sem trazer nenhuma ideia própria, o disco não passa de um pastiche sem a menor demonstração de ambição ou vontade de se destacar entre outras tantas bandas semelhantes.
Infelizmente Johnny Lloyd e companhia ainda não provam sua validade no meio musical e mais uma vez não conseguem imprimir em seu registro a sensação de estar ouvindo algo que realmente valha a pena. Ainda que o disco possa ser de alguma forma vendável, ele não irá se destacar em meio às prateleiras ou na discografia de quem o tiver – sé é que ganha algum destaque para a banda em si.