Resenhas

Dr. Dog – Be the Void

Banda americana lança sexto disco aparentemente sem muitas pretensões, o que confere uma audição muito divertida do Rock clássico feito com referências a tantas vertentes do gênero. Não vai mudar a sua vida, mas vale muito a pena ouvi-lo

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Ano: 2012
Selo: ANTI
# Faixas: 12
Estilos: Rock, Rock Alternativo, Hard Rock
Duração: 47:30
Nota: 3.5

“O que você precisa fazer para ser solitário? Nada” – é assim que começa Be the Void, o sexto disco da norte-americana Dr.Dog, que fez aqui um trabalho despretensioso e bem humorado.

Ao longo de suas doze faixas, a impressão que o álbum nos dá é de uma grande jam, com os integrantes da banda apenas tocando juntos sem a ambição de atingir milhares ou milhões com sua música. São apenas bons músicos tocando boas composições. A única coisa levada a sério é o compromisso de fazer um bom som, e isso eles tiram de letra.

Be the Void consegue brincar com influências de diferentes vertentes do Rock, da Surf Music ao Folk Rock, se concentrando principalmente na definição mais clássica do termo e no Pop Rock do melhor gosto. O disco parece ter saído diretamente dos anos 60 e 70, mas soa muito contemporâneo justamente por isso.

Todas as faixas se apresentam muito simpáticas, convidando o ouvinte a curtir o som da mesma forma que eles parecem estar aproveitando o momento. Em meio à alegria contagiante de Over Here, Over There, How Long Must I Wait (uma das mais legais do álbum) e o single That Old Black Hole, destacam-se os riffs de Vampire e Big Girl, no maior estilo The Rolling Stones.

Ao final da audição, fica a sensação de uma obra que valeu a pena ter curtido, mas que está longe de mudar a sua vida. E tudo bem, desde o início a gente já sabia que o Dr.Dog não teria a pretensão de fazer isso mesmo. Mas que é um álbum bem legal, ah, é sim.

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ARTISTA: Dr. Dog
MARCADORES: Hard Rock

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.