Em 2005, sem muitas pretensões, nasceu o Naifa. Com o fim do Flicts, Arthur (guitarra/vocal) queria saciar sua vontade de tocar, conversando com alguns amigos, mais especificamente Ruivo (bateria), Pancho (guitarra) e Débora (baixo), viram que tinham a mesma vontade de tocar hardcore influenciado pelas bandas americanas dos anos 80.
Depois de algum tempo e algumas coisas lançadas, a formação sofreu algumas alterações. Saíram da banda o Pancho e a Débora para a entrada de Daigo no baixo, e a banda passou a ser um power trio. Nesta formação até hoje, a banda lançou seu primeiro LP agora no mês de novembro pelo selo Faca Cega Discos, que leva o nome do formato LP.
O disco com oito faixas, de produção totalmente independente, é um deleite para quem gosta de ótimos riffs de guitarra, acompanhados por uma bateria que é uma locomativa. A primeira faixa é A Chama, que abre o disco com um ar meio sombrio e microfonias acompanhados por um pesado riff de baixo que se estende por toda a musica. A faixa que vem logo em seguida é Não Sou Seu Amigo, que conta com um ótimo trabalho da guitarra acompanhada pelo vocal e uma letra muito bem trabalhada com apenas uma frase: “eu não sou seu amigo, só trabalho aqui”. A terceira faixa é quase um desabafo: Pau No Cú trata de pessoas indesejadas no meio punk/hardcore. Depois de mais quatro faixas vem a Muros, que fecha o disco muito bem sincada e com uma letra que trata do cotidiano, da realidade dos muros na sociedade contemporânea.
Assim, termina um disco que trata de assuntos polêmicos na sociedade atual, mostrando que o punk nao está morto, mas sim muito bem ensaiado e produzido.