Resenhas

The Naked and Famous – In Rolling Waves

Segundo trabalho dos neozelandeses traz pontos altos e baixos na mesma proporção, gerando um registro absolutamente morno

Loading

Ano: 2013
Selo: Universal Music International
# Faixas: 12
Estilos: Synthpop, Indie Pop, Indie
Duração: 55:37
Nota: 2.5
Produção: Thom Powers, Aaron Short e Justin Meldal-Johnsen
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fin-rolling-waves%2Fi

Não é fácil comentar este segundo álbum da neozelandesa The Naked and Famous, um trabalho irregular com pontos muito altos e outros opostos na mesma proporção, o que resulta em um disco às vezes interessante, em outras horas bem chato e quase sempre absolutamente morno.

In Rolling Waves, todo feito em Los Angeles, traz algumas das boas características que fizeram a banda nos chamar a atenção nos últimos anos, com aquele seu Synthpop jovial e dinâmico, porém encontra novos adjetivos que conferem um certo desânimo ao ouvinte na hora de conhecer o disco.

O primeiro deles é o fator emocional, muito mais presente do que em Passive Me, Aggressive You (2010). Quando ouvíamos aquele álbum, era músicas como Young Blood, All of This e Punching in a Dream que nos cativavam com seu apelo dançante e fácil de ouvir. Neste novo cenário, o que fica da audição é um apanhado de canções muito mais sérias, como o single Hearts Like Ours, que anunciava o lançamento.

Em segundo lugar, há uma ambição que nem sempre faz bem ao meio Indie em que a banda está inserida. Pode perceber: Os melhores grupos do estilo são aqueles que naturalmente apostam em opções criativas mais livres, sem ter que “forçar a barra” pra isso. Infelizmente, o que fica dessas músicas é um esforço extra para atingir algum objetivo assim – talvez ser reconhecida mais por seu potencial criativo do que por sua capacidade de nos fazer dançar -, mas sem sucesso.

E o maior problema acaba sendo a soma desses dois fatores, que acabou criando faixas que chegam frias, sem muito coração. Elas tem um apelo emocional sob uma roupagem bem bacana, mas simplesmente não convencem. É tudo artificial demais.

Eu comentei de pontos muito altos e, sim, são eles que fazem a audição valer a pena, pelo menos da primeira vez. Lembra aquele frio na barriga ao fim de Punching in a Dream? Ele aparece novamente em Grow Old, certamente a melhor música do állbum, com um vocal que faria Daft Punk sorrir e uma ambientação etérea carregada de efeitos. Algumas melodias simpáticas, como a da faixa-título, também se destacam e te fazem facilmente acompanhar as músicas desde a primeira vez.

Porém, conforme você vai ouvindo o disco, mais você pensa “Hmm esse efeito é bem legal, mas o vocal é irritante”, ou “essa música é chatinha, mas tinha tudo pra ser legal” – caso da abertura com In Stillness. Ouça, mas não espere muito.

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: The Knife, Phoenix, CSS
MARCADORES: Indie, Indie Pop, Synthpop

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.