Som, Luzes e Terror nasce como uma sequência direta da vibe roqueira de O Pensamento É Um Ímã, álbum lançado pela Vivendo do Ócio no começo do ano passado, e como um ótimo aperitivo para o terceiro álbum dos baianos.
Se em suas novas canções não há tanto daquela inserção de elementos tipicamente nacionais, como visto em Nostalgia, Dois Mundos ou O Mais Clichê dos Clichês (faixas de seu mais recente álbum), há muito do Rock tupiniquim feito por pela própria banda e outras como Vespas Mandarinas, Zeferina Bomba ou Cascadura nos últimos anos. E falando em Vespas, Chuck Hipolitho mais uma vez está atrás da mesa de som e assina a produção ao lado de Rafael Ramos.
A maior novidade aqui é a presença do sintetizador e o clima “obscuro” da faixa-título, sem contar as novas temáticas do grupo, que parece cada vez mais ganhar maturidade e sair dos temas juvenis que marcaram seu primeiro disco. Esteticamente, o restante das faixas (principalmente Ócio Não é Negócio e Seu Lar, Sua Prisão) continua sem grandes diferenças do que já foi visto nas obras anteriores do quarteto. Ainda assim, elas mostram toda a qualidade do grupo em fazer música nos moldes que estabeleceu tão bem no passado.
No fim das contas, este pequeno EP mostra um avanço lírico e instrumental de um grupo que nos últimos anos se especializou em criar pequenas e potentes canções roqueiras. Com faixas que mal chegam aos três minutos, o disquinho passa rápido e antes dos doze (minutos) chega ao fim, deixando aquele gosto de “quero mais”, que só pode ser compensado com repetidas audições.