Resenhas

Diane Birch – Speak A Little Louder

Segundo disco da cantora é bonito e mais denso, sem nunca fugir do que a Soul Music sempre se propôs, passar o sentimento através da voz.

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Ano: 2013
Selo: S-Curve
# Faixas: 11
Estilos: Soul
Duração: 45:32
Nota: 3.0
Produção: Diane Birch

Muitas vezes o que caracteriza ou rotula um estilo musical é simplesmente a unidade que o conduz. Ritmo? Instrumentos? Existem tantas combinações que se torna proporcional a infinidade de músicas que canções que surge dentro desta arte. O Soul é um estilo que recebe este nome devido ao poder que a voz de um artista transmite dentro de uma música. Condutor principal, não leva muito para encantar os ouvintes mas pode de certa forma torna-se limitado.

Como é dependente do impacto de cordas vocais e sua consequente transmissão de emoções, transformou-se no centro de ótimos vocalistas os quais conseguiam desempenhar o papel a qual o estilo se propôs mas ao mesmo tempo o tornaram de certa forma “comum”. As novas combinações que surgiam após um certo ostracismo do Soul estil que teve o seu auge nas décadas de 1960 e 1970, trouxeram outros elementos, os quais plurificaram a “alma”. Diane Birch é dos nomes desta Neo Soul, fenômeno contemporâneo de renovação musical.

Branca, contraste claro as origens do ritmo, traz no seu segundo disco de carreira um misto entre o antigo e o novo. Grande parte das novidades consistem no uso excessivo de sintetizadores os quais aparecem como doces acompanhamentos letárgicos. A faixa título é uma mistura de Dream Pop em sua áurea mais aberta mas que acaba coincidindo bem com a voz da cantora. A certa falta de Swing nas músicas iniciais nos fazem questionar a qual estilo realmente Diane pertence. Lighthouse e Frozen Over são bastante modernas mas ao mesmo tempo expansivas, demonstrando que o seu talento pode combinar bem a linhas diferentes.

Aqui, no entanto apesar de uma certa inovação, o grande trunfo consiste no próprio elemento chave do Soul, a voz. Pretty in Pain, All The Love You Got, Diamonds in The Dust possuem instrumentações e inspirações distintas mas sem nunca perder o condutor principal. Ao final, temos um disco muito bonito com ótimos versos e melodias mas que não trazem algo tão diferente do que estamos acostumados a ouvir dentro do estilo. Longe de atrapalhar a apreciação, só altera a opinião final do produto para quem já escutou tais faixas sob outras formas ou consolidações.

Ao se deparar diante da obviedade, um ouvinte novo, no entanto, pode se impressionar com todas as combinações musicais vistas aqui. Partindo um pouco do Blues, Soul, R&B e Dream Pop mas sem nunca fugir do esperado, Diane nos joga um disco interessante, comum, belo e emotivo. Sentimos o que é passado em cada faixa como UNFKD ou Superstars as quais devem encontrar os respectivos corações partidos mas sem nunca serem soarem inéditas em Speak A Little Louder.

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ARTISTA: Diane Birch
MARCADORES: Soul

Autor:

Economista musical, viciado em games, filmes, astrofísica e arte em geral.