Resenhas

Bear in Heaven – I Love You, It’s Cool

As muitas cores da capa já indicam muito do som pincelado nas dez faixas do disco, que mostram a competência de uma banda que sabe trabalhar uma boa atmosfera calma e psicodélica

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Ano: 2012
Selo: Hometapes
# Faixas: 10
Estilos: Rock Alternativo, Psicodélico, Indie
Duração: 44:03
Nota: 4.0

Logo de cara, já dá para sacar a proposta do álbum. A capa e o título deixam bem claro o que esperar de I Love You, It’s Cool: muitas cores espalhadas de maneira bem abstrata que se misturam gerando novas formas e tons, como o som que se dissipa no eco. Sem nenhum elemento que deixe referência ao concretismo, a arte sugere um ar psicodélico com um toque industrial. O texto “Bear in Heaven” em letras trêmulas faz referência ao som borrado de uma distorção suja.

Apesar da vasta experiência, da extensa carreira e de ter marcado presença em vários afamados festivais norte-americanos, o devido reconhecimento da banda só veio à tona no final de 2009 com o lançamento de seu terceiro álbum, nomeado Beast Rest Forth Mouth. Talvez, o álbum não tenha caído na boca do povo, porém foi muito bem aceito pela mídia, o que de fato foi de suma importância para a banda.

Idle Heart abre o álbum com o típico Krautrock, que rompe aquele paradigma do “olha o quão rápido podemos tocar” e o substitui por “olha o quão longe podemos ir”, com uma pitada de groove fortemente coberta com sintetizadores e texturas.

John Philpot abre mais espaço com seu sussurrante estilo vocal de Shoegaze. Este é o tipo de pista para encher sua cabeça sem estourar seus tímpanos com compressões de estúdio. Faixas como Cool Light e Sinful Nature são totalmente “Post-Punk-Chill-Down”, como um Joy Division um pouco mais maduro que busca permanecer na fronteira entre o legal e o caótico.

Um ponto bem bacana que vale a pena ressaltar é a atmosfera calma e psicodélica gritante que te domina, te contagia e te faz relaxar e viajar com as melodias bem montadas e estruturadas.

As faixas se mantêm fiéis e coerentes à base da proposta do álbum, que por sua vez condiz perfeitamente com a arte da capa, podendo se dizer que é um disco bem executado, muito bem modelado e bastante competente.

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Autor:

Envolvido com rock alternativo desde criança e chamado de hipster por conhecer bandas das quais você nunca ouviu falar.