Resenhas

Bat and Ball – We Prefer It In the Dark EP

Quinteto guiado pelos irmãos Sinclair mostra o potencial da geração “Post-xx” em um ótimo misto de sonoridades que remetem ao singular estilo de produzir do trio londrino

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Ano: 2013
Selo: Hospital Samples
# Faixas: 4
Estilos: Indie Pop, Dream Pop, Minimal e R&B
Duração: 12:57
Nota: 3.5
SoundCloud: /tracks/104453201
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fwe-prefer-it-in-the-

Desde 2009, surgiram inúmeros artistas que se ampararam na sonoridade mista entre Indie Pop, Dream Pop, Minimal e R&B que ganhou força com o The xx, gerando um movimento que seguiu os passos deste seminal trio. O que poderia ser chamado de “Post-xx” se mostrava apoiado nessa mistura dos londrinos, mas ao mesmo tempo com alguns toques bem pessoais e diferenciados – o que nos últimos anos gerou grupos como London Grammar, MS MR e outras tantas que tem chamado a atenção pela proximidade ao som de Jamie, Romy e Oliver.

Neste mesmo caminho, surge o quinteto Bat and Ball – que bebe da mesma fonte, mas sabe também adicionar suas próprias características e traços bem marcantes. Dois pontos os diferenciam nessa tal “cena”: a ótima voz e a expressividade de Abi Sinclair e também suas letras nada convencionais. Fora isso, no som do grupo, há traços mais Pop (comparáveis em alguns momentos a Lykke Li), alguns mais experimentais (no que pode lembrar um pouco o Alt-J) e mesmo algumas excentricidades (como as de Chlöe Howl). Tudo isso pode ser visto em seu EP de estreia, We Prefer It In the Dark.

Iniciado pela faixa-título, a pequena obra compila alguns dos singles já mostrados anteriormente. Esta primeira canção mostra muitos dos elementos mais marcantes da obra, entre eles, a brincadeira entre notas esparsas das guitarras e baixos, as batidas simples e repetitivas e o duo vocal entre Abi e seu irmão Chris Sinclair. A produção limpa, porém cheia de reverb também é vista em grande parte da pequena obra.

Em meio a ótimos grooves do baixo, intensos riffs, as guitarras e algumas notas ao piano, Tails surge com uma das melhores composições do EP e uma das mais faixas mais instigantes já produzidas pelo quinteto. Diminuindo a cadencia e criando uma jam mais lenta, Unreleated tem o foco na potência vocal de Abi e na pluralidade de ritmos e batidas. A faixa ainda traz timbres de guitarras que podem lembrar os que são usados por Daughter. Fechando a pequena obra, Graze Scratch Spot é a mais dissonante de todo álbum, não só por apresentar os vocais de Chris em destaque, como pela pegada mais Pop – ainda assim uma ótima canção.

Somente quatro canções são o suficiente para mostrar a miríade de sonoridades incorporadas ao dinâmico som do quinteto. O suficiente também para deixar o ouvinte curioso por mais novidades sobre o grupo.

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BOM PARA QUEM OUVE: London Grammar, MS MR, The xx
ARTISTA: Bat and Ball

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts