Resenhas

Kurt Vile & The Violators – It’s a Big World Out There (and I Am Scared)

Coleção de músicas deliciosas traz sobras de estúdio e novas versões para acompanhar o relançamento do último álbum do músico

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Ano: 2013
Selo: Matador Records
# Faixas: 7
Estilos: Rock Alternativo, Rock Psicodélico, Indie Rock
Duração: 28:50
Nota: 4.0
Produção: Rob Laakso, John Agnello, Kurt Vile & the Violators

Kurt Vile acerta mais uma vez em It’s a Big World Out There (and I Am Scared), uma coleção de músicas deliciosas feitas em parceria à sua banda The Violators para acompanhar o também ótimo *Waking on a Pretty Daze em sua versão dupla.

Aquele clima gostoso do disco se estende por mais sete faixas, que passeiam por sobras de estúdio do álbum e versões mais cruas para outras que ouvimos nele, como Snowflakes Are Dancing (que aparece no disco rebatizada como Snowflakes Extended) ou Never Run Away, que vem aqui em uma versão com ênfase nos sintetizadores programados com timbres de cordas e com um minuto e meio extra na faixa seguinte e mais quase dois minutos de sua melodia ao final do EP.

A inédita Feel My Pain é uma gema que encanta por sua aparência bruta ali no meio. Com um violão que passeia entre o cru e o erudito, ela fica perfeita para uma cena de algum road movie independente com a paisagem vista do carro ao entardecer (mas vai funcionar bem no seu dia a dia também, em momentos de escapismo) e sua longa duração (mais de seis minutos) dá a falsa ilusão de que ela nunca terminaria. Felizmente, o replay está ao nosso alcance.

O medo de estar no mundo que o título narra parece desenhar uma atmosfera de “abrigo” em meio a essas composições. São músicas nas quais você quer entrar para fugir mesmo e encontrar refúgio entre os dedilhados e distorções que Vile nos propõe.

E se alguém ainda duvidava por que ele era considerado um dos grandes nomes de sua geração, testemunhar a beleza que ele imprime em uma pequena coleção de sobras de estúdio é uma bela pista para começar a prestar mais atenção em seu trabalho. Repare como ele parece conseguir nos impressionar sem muito esforço.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.