Resenhas

Young the Giant – Mind Over Matter

Músicas mais bem trabalhadas do que em seu trabalho de estreia fazem um bom disco Pop do grupo

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Ano: 2014
Selo: Fueled By Ramen
# Faixas: 13
Estilos: Indie Rock, Pop Rock, Indie Pop
Duração: 51'
Nota: 3.5
Produção: Justin Meldal-Johnsen
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fmind-over-matter%2Fid764934819%3Fuo%3D4%26partnerId%3D2003

Não sei você, mas eu não sou de ficar discutindo muito sobre música. Ou melhor, converso muito sobre isso, mas não daquele jeito partidiário de quem fala sobre time de futebol, por exemplo. É difícil me imaginar brigando sobre qual disco é melhor, ou sobre tal banda não prestar. Pode contar com minha perspectiva, só não espere que eu vá discutir muito se discordar de você. E se o assunto for Mind Over Matter, pior ainda. Terminei de ouvir este disco da Young the Giant pela primeira vez, tirei os fones de ouvido e soltei um sonoro “discasso, meu” na redação, mas me faz muito sentido alguém ter uma experiência totalmente diferente com o álbum.

É difícil escutar o segundo trabalho de uma banda e não compará-lo ao primeiro, então tentarei ser breve no assunto: Young the Giant tinha mais hits em potencial, mas este aqui tem faixas mais consistentes sem perder o apelo Pop. A função de hit cabe mesmo ao trio que anunciou o disco antes de seu lançamento e vem em sequência, das faixas 3 a 5: It’s About Time (que chega quebrando tudo após a abertura tranquilinha com Slow Dive e Anagram), Crystallized e Mind Over Matter – que provocam um sorriso quando a ficha cai que as duas músicas emendam super bem uma na outra.

E essa pegada de ficar sorrindo enquanto as faixas se desenrolam é uma frequente no álbum, assim como era no anterior. Só que agora as músicas deixam aquele sentimentalismo mais aflorado de composições como Cough Syrup e Apartment para investir em um instrumental mais bem trabalhado e uma vibe quase etérea, mesmo em meio a tantas camadas, num misto de leveza e propulsão muito interessante. É mesmo um bom trabalho Pop, mas sem apelação.

As guitarras de Teachers agradam logo de cara, a melodia de Day Dreamer fica na cabeça sem enjoar e dá aquela vontade de ver um show da banda. Camera cumpre seu papel de diminuir o ritmo no meio da obra e In My Home não deve desapontar qualquer um que tenha curtido o primeiro álbum.

Então por que alguém não curtiria um trabalho desses? Bom, fico pensando que muitos dos entusiastas da Young the Giant gostassem mais da carga emocional mais evidente mesmo que as músicas do álbum anterior tinha. Essas aqui podem parecer mais “frias”, quando comparadas às de antes. Eros e os singles serão provavelmente as preferidas desses.

Além disso, não é segredo pra ninguém que faltou ousadia aqui. As canções são mais bem trabalhadas sim, mas nada muito diferente do que a gente esperaria da banda. Vai ver resolver lançar um segundo trabalho após um tão celebrado já seja risco o suficiente. Mas isso não chega a atrapalhar minha audição. Espero que a sua também não.

Discasso, meu. Ouve aí.

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BOM PARA QUEM OUVE: Coldplay, Foster the People

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.