Resenhas

Tubelord – ROMANCE

Um dos novos expoentes do Math Rock consegue inovar mais ainda em seu segundo disco, passeando por diversos estilos que conseguem integrar muito bem o Post Punk e Indie Rock no seu som, com alguns adornos Pop

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Ano: 2011
Selo: Pink Misty
# Faixas: 11
Estilos: Math Rock, Math Pop, Indie Rock
Duração: 38:45
Nota: 4.0
Produção: James Elliot-Field

Tubelord é uma das novas caras do Math Rock, um estilo que é marcado pelo ritmo e métrica seguindo uma estrutura quase matemática (vem daí o nome do estilo). Os instrumentos nem sempre estão sincronizados, mas são eles que acompanham a voz, alternando entre o ritmo calmo e gritado. A voz de Joseph Prendergast é o grande diferencial da banda, com destaque aos seus agudos característicos. A sonoridade do quarteto é quase uma junção do Post-Hardcore do At the Drive In com o Indie Rock do Pavement.

ROMANCE é o segundo álbum dos ingleses. Apresentando diversas nuances, desde o Pop bem trabalhado na baladinha Here is Nothing, até à introspectiva e melodramática Tidy Digs, o álbum parece uma evolução natural do debut da banda, o Our First American Friends, principalmente nas temáticas que amadureceram muito. O disco passa por menos saltos que o primeiro, e conta também com sintetizadores em algumas faixas que contribuem para que o som seja menos inconstante dessa vez. Um pouco mais leve ritmicamente que seu antecessor, ele é ao mesmo tempo mais pesado nas temáticas, que não haviam ainda sido exploradas.

Ouvir esse disco é uma viagem entre sonoridades, estilos e batidas. A banda passeia entra a euforia do Power Pop e a sobriedade do Rock Alternativo. Letras metafóricas e expansivas, beirando a poesia, tornam interessante a forma como integraram a letra e melodia.

My First Castle foi o primeiro single do disco e leva o ouvinte a sentir essa nova fase da banda. Essa canção tem seus momentos de euforia como “Relax, make love in a stream, crawl like an ant, or swing in a tree”, e são repentinamente levadas a “Oh but we must have friends round for dinner dear and read the papers; suddenly I’m old; whatever you touch is already dead, for that I am certain”.

Em Never Washboard, o xilofone dá um toque especial a uma música meio sombria, que conta a história de uma criança que vê o pai indo embora, e expressa toda sua raiva em “We can pull his insides out, pack him like a turkey, roast him slow”. 4T3 é um dos momentos mais distintos do álbum, uma das músicas em que a banda se utiliza dos sintetizadores e que a diferenciam bastante do resto do disco, sendo a única sem a presença de guitarras.

Mais maduro, o som da banda não conta com o mesmo ritmo que tinha em seu debut, mas mesmo assim soa melhor liricamente e melodicamente.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts