Resenhas

MØ – No Mythologies To Follow

Entre o Pop, o Alternativo e o Eletrônico, álbum estreia com bons hits e inovação sonora

Loading

Ano: 2014
Selo: Chess Club / RCA Victor
# Faixas: 12
Estilos: Electro-Pop, Indie Pop, Synthpop, Pop Alternativo
Duração: 44:00
Nota: 4.0
Produção: Ronni Vindahl e Robin Hannibal
Livraria Cultura: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3

De 2012 pra cá, muita coisa aconteceu na carreira da jovem . Se há dois anos a musicista dava o pontapé na sua carreira com seus primeiros singles e o potencial Synthpop que se esquivava da obviedade, agora a nórdica apresenta-se em uma porção de festivais de música pelo mundo, conta com o apoio de artistas como Diplo e carrega um contrato com a RCA Records, vertente canadense da Sony Music que cuidou do aguardado álbum de estreia, No Mythologies To Follow.

Para quem já havia gostado do EP Bikini Daze deve continuar envolvido pelo primeiro disco da escandinava. O trabalho segue a mesma linhagem sonora de Karen Marie Ørsted, que consegue construir canções que encaixam-se exatamente num eixo central entre três diferentes gêneros – Pop, Eletrônica e Alternativo – sem ser dependente demais de cada um deles. Karen ainda é capaz de mesclar elementos interessantes a seu arranjo sintético, como palmas como percussão e samples de metais e marimbas em essenciais músicas, Pilgrim e Maiden.

Apesar de às vezes aproximar-se de um Pop mais melancólico, os hits também estão presente no trabalho, tal qual a já conhecida XXX 88 e a antecipadamente apresentada Don’t Wanna Dance, com refrões fáceis, letras populares e feitas pra grudar na cabeça. Um dos pontos interessantes de MØ é a maneira da qual ela consegue somar traços próprios a músicas de fácil assimilação, seja nos efeitos de duplicação vocal (agora melhorados) ou por meio de gritinhos e expressões bradadas quase como rimas, elevando sua originalidade e não deixando a monotonia contagiar seu registro. Mesmo quando mais intimista nas composições Slow Love, Dust Is Gone e Red In The Grey, Karen Marie é capaz de trazer lembranças da Disco Music e associações vocais a Kate Bush, musicista que marcou época.

A crueza das primeiras canções de Ørsted ganharam um melhor trato e produção munidas de seu atual selo. Arrisca-se dizer que a cantora pode galgar a notoriedade que La Roux conseguiu com seu único álbum autointitulado de 2009, que pra época trouxe vigor, inovação e conseguiu se destoar das demais tanto no apelo estético quanto sonoro. Se o frescor e a inventividade continuarem nos próximos álbuns, a Escandinávia já tem mais um produto para exportar por bons futuros anos.

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: Chela, Elliphant, CHVRCHES, La Roux, Yelle
ARTISTA:

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.