Resenhas

Clock Opera – Ways to Forget

O quinteto inglês que fez sucessos com remixes finalmente entrega um disco com composições próprias, com uma sonoridade dançante que pode ser considerada o meio termo entre Everything Everything e Wild Beasts

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Ano: 2012
Selo: Moshi Moshi/Island
# Faixas: 10
Estilos: IDM, Electro Indie, Eletrônica
Duração: 43:35
Nota: 2.5

O Produtor/remixer/músico Guy Connelly é a mente por trás do quinteto Clock Opera, e sua predileção pelo Electro Indie já era perceptível mesmo antes dos primeiros trabalhos com seu grupo. Muito do que ele fazia está presente na sonoridade da banda, principalmente essa mistura dançante com a pretensão inteligente do IDM (Intelligent Dance Music). Mesmo não tendo uma sonoridade tão comum, a música não causa estranheza no público (o que é bem comum no gênero).

Esse é mais um exemplo de banda que ficou famosa pelos remixes. Assim com o Penguin Prison, em 2010, a banda fez uma série de versões que acabaram na rede e se tornaram um sucesso quase imediato. Ainda naquele ano soltou os primeiros singles, que viriam a formar o primeiro disco do quinteto, o Ways to Forget.

A sonoridade dos ingleses incorpora muitos elementos e camadas (com barulhos e batidas) e acaba tentando soar muita coisa ao mesmo tempo: dançante, artístico e acessível – e, desses três, o único objetivo alcançado é o de ser acessível. Mesmo extremamente fácil de ouvir e com ótimas músicas, o conjunto acaba sendo bem cansativo.

O som conduzido pelos sintetizadores rendem comparações com Metronomy e Everything Everything, enquanto na parte vocal as comparações são com o Wild Beasts. O disco segue a mesma linha dos singles, um misto de música dançante guiada pelos sintetizadores de Once And For All, um pouco daquela pegada rocker de Lesson N.7 e um tanto de emoção bela faixa guiada somente pelos pianos de Belongings.

Quanto as novidades, 11th Hour vem impregnada de barulhos e um bela melodia, e mais uma vez o destaque vai pro vocal de Guy, enquanto The Lost Buoys é quase um Coldplay paras as pistas de dança, guiada pelos pianos e com um potencial radiofônico enorme. Mesmo com estruturas não muito usuais, o quinteto consegue fazer com que as canções soem naturais – principalmente mais para o fim do disco, transformando-o em algo bem acessível, mas ao mesmo tempo cansativo.

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BOM PARA QUEM OUVE: Miike Snow, Metronomy, Wild Beasts
ARTISTA: Clock Opera

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts