The Virgins – Festival Gig Rock

O grupo nova-iorquinho tocou seus grandes hits e algumas músicas novas em um show que mais parecia uma balada Indie

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Fotos: Denise Machado
Nota: 3.5

Esta, pra mim, foi uma escolha bem inusitada: trazer ao Brasil um grupo recém-reunido que se encontrava em um hiato de longos anos e com um único disco lançado em 2008 – o que poderia ser perigoso. A banda em questão é The Virgins, que trouxe seu Rock com cara de balada Indie e fez um bom show marcado pelos hits deste álbum e por mais algumas novidades.

A abertura ficou por conta do trio Nevilton que com seu Rock vitaminado teve a tarefa de animar o público que começava a se amontoar na frente do palco garantir seu lugar no show dos gringos que viria a seguir. Quando os músicos subiram ao palco ele já estava preparado e decorado com bexigas e luzes – clima perfeito para a festa que se tornaria a apresentação de abertura, cheia de saltos e mergulhos, que passava uma energia incrível que começou a contagiar a plateia.

Os paranaenses fizeram um show vigoroso com músicas tiradas do seu primeiro disco e do EP que o precedeu e ainda mandaram duas surpresas: uma música nova chamada Sacode e um cover de Make It Wit Chu, do Queens Of The Stone Age. Ao fim do show do trio, as bexigas já haviam ido para a galera e festa já havia começado muito bem.

O quarteto de Nova Iorque não demorou a subir ao palco e trazer seu Indie Rock quase Pop. A banda, que desde 2008 não lançava nenhuma novidade, criou algumas músicas novas durante o hiato, pelo que parece. As canções tiradas do seu disco homônimo passeavam bastante entre o som mais dançante e algo mais roqueiro com as guitarras de Xan Aird, que davam um tempero especial ao Indie Rock sem muita inovação do grupo.

Pelo que pude pesquisar da banda, as críticas quanto à originalidade e criatividade eram as mesmas na época do lançamento do álbum, porém os garotos parecem não ligar muito pra isso e o single que marcou a volta da banda, Venus in Chains, continua na mesma vibe das que os trouxe as luzes dos holofotes em 2008, talvez com mais cara de Rock caipira dos anos 70/80.

A banda subiu ao palco para tocar e, aparentemente, fazer só isso. Sem muita interação com o público e sem muita energia (coisa que se esperava de uma banda que tem um som dançante), o show foi bem morno, com alguns bons momentos quase ao fim da apresentação, quando a banda já parecia estar mais à vontade no palco – pena que o show não pôde prosseguir por muito tempo após ter de fato começado a esquentar, já que os garotos tem um set bem curto.

Os sucessos Rich Girls, Teen Lovers e One Week of Danger foram recebidos com bastante entusiasmo pelo público, que dançou e cantou ao som destes hits. O novo single também estava lá, além de mais algumas novidades que já haviam sido apresentadas em outros shows. Em uma curta dobradinha, o vocalista e guitarrista Donald Cumming deixou sua guitarra e assumiu o piano em músicas mais calminhas que foram perfeitas para os casais que assistiam ao show.

No fim das contas, essa parece ter sido uma boa escolha, já que boa parte do público parece ter gostado do show, mesmo ele sendo meio desanimado e com uma abertura mais festiva que a atração principal.

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MARCADORES: Beco 203 SP

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts