Cambriana + Subburbia – Studio SP Vila Madalena

O Indie Pop e o Noise Rock foram as atrações da noite chuvosa e fria que não espantou os ouvintes mais animados

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Fotos: Fernando Galassi, Monkeybuzz
Nota: 3.5

O clima não era nada favorável pra quem havia se animado para sair a noite na noite do dia 17 de julho. O frio e a chuva que motivam a coberta e pouca movimentação foram apenas alguns dos obstáculos pra quem compareceu na última terça-feira no Studio SP Vila Madalena.

Abrindo pouco depois das 21h, o ambiente aconchegante criou um clima de festa fechada: Pouca gente que estava super a fim de ouvir o que as bandas fora do eixo sudeste poderiam proporcionar em algumas horas.

Pouco mais de 22h, o Cambriana se posicionou em palco e foi logo dizendo contando sobre suas origens goianas e da felicidade de estar na cidade de São Paulo. Face To Face e Astray deram início dançante a apresentação, que trouxe quem estava por ali para mais perto do palco e que em pouco tempo já ensaiava cantar parte das letras que eram novidade para alguns.

Em seguida, a faixa bônus Until ganhou seu lugar também na setlist. Ela poderia facilmente integrar o álbum, já que a sua conexão com o restante das músicas é total. In The Middle e Big Fish surgem logo depois, fazendo um combo rocker que passeia por influências que vão do Folk ao Rock dos anos 50.

Ao final de cada canção, banda e público já haviam estabelecido uma conexão social, na qual sugestões e perguntas vinham de ambos os lados, seja sobre o som ou sobre contribuições no final do show.

The Sad Facts, apesar de não ser a mais animada do repertório, pode ser considerada o ponto alto do evento, que animou mais ainda alguns fãs que pulavam sem parar em frente ao palco e já tinha a plateia em suas mãos, que treinava passinhos e sorria para o palco.

Mais duas canções, e o Cambriana se despedia de seu pequeno público, que entre si já comentava sobre onde encontrar o álbum para baixar.

— A timidez misturou-se com uma postura de atitude assim que o grupo Subburbia subiu ao palco e não se fez de rogado para começar a tocar.

O quarteto deu início ao show com a faixa que abre o EP Pentagrama, I’ve Got No Friends, mostrando ao que veio e deixando claro as características de Noise Rock, Lo-Fi e Shoegaze que seu som carrega. When Trance Was On Fire seguia cheia de empolgação com os vocais de Emil e Marina que contrastavam pelos agudos e graves despretensiosos, que ao final ganhou comentários do vocalista dizendo o quão legal já foi o estilo Trance (ou não).

Em seguida, Marina estabeleceu contato com quem havia ficado para vê-los, conversou sobre o som e o quanto gostaria de vir morar em São Paulo, uma voz em estridente emendou um “vem logo!” e a banda seguiu com a faixa Bullets, composta pela própria.

You’re Not Getting Younger gerou grande gás por parte da banda, e o público que parecia indiferente ao show até então, reagiu com interesse às expressões do vocalista, que desceu do palco e terminou a canção ao chão.

O fechamento da noite ficou com o cover do The Cardigans, recriada pelos curitibanos dentro de seu estilo musical da canção Lovefool, divulgada há pouco tempo como vídeo de divulgação da banda que viria ao Cedo e Sentado.

Veja as fotos exclusivas do evento em nossa galeria!

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MARCADORES: Studio SP

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.