Selecionamos os 25 melhores EPs lançados neste ano, não fazendo distinção entre artistas nacionais e internacionais, imaginando que o ouvinte não usa isso como base em sua decisão de ouvir música.
Abaixo, você pode ver a lista completa com os melhores EPs de 2014, segundo a equipe do Monkeybuzz.
Neste ano, nosso especial é um oferecimento da Leaf | Óculos em Madeira
25 Melhores EPs de 2014
25. Muddy Brothers – Seasick
O Rock & Roll sexy com Blues Rock e cantado em inglês desta vez tem sua essência capixaba misturada à psicodelia e o resultado é ótimo.
24. MOVEMENT – MOVEMENT
Um pouco de melancolia em nossas vidas é sempre bom. Aqui isso é capturado em batidas simples, uma voz cativante e a certeza que James Blake fez escola.
23. Ringo Deathstar – God’s Dream
Trio texano se esbalda nas referências ao Rock noventista, criando uma máquina do tempo sonora. Tudo isso, porém, sem perder sua personalidade.
22. Phoria – Display
Mais uma vez, a banda promove o encontre entre R&B, Post-Dubstep e outros elementos eletrônicos em um hibridismo sinestésico de tirar o folego.
21. Jan Felipe – Dias Antes do Esperado
Músico franco-brasileiro produz trabalho Pop e contemporâneo, refletindo sobre sua relação com os lugares em que viveu.
20. Mogwai – Music Industry 3 x 1 Fitness Industry
Entre músicas que ficaram de fora de Rave Tapes e remixes, banda escocesa surpreende novamente ao oscilar entre o flutuar e as raízes no chão.
19. Jeremih & Shlohmo – No More
Combinar uma das vozes mais grudentas do ano com um produtor focado na Bass Music, transformou este EP no melhor trabalho de R&B do ano.
18. Febueder – Lilac Lane
Trio de garotos ingleses de 19 anos conseguiu, com muita personalidade, criar um som próprio, bem pirado, mas extremamente Pop, rendendo comparações com nomes como Alt-J e Foals.
17. Benjamin Clementine – Glorious You
Com letras confessionais, um piano que quase rouba a atenção e um grave impressionante em sua voz, Benjamin Clementine é uma daquelas unanimidades que independem de idade ou gosto musical.
16. SZA – Z
Mais um EP sonhador e psicodélico da cantora mas desta vez com Kendrick Lamar, Chance The Rapper e Isaiah Rashad. Precisa dizer mais alguma coisa?
15. Sianvar – Sianvar
Unindo integrantes de bandas representativas do cenário Emo/Post-Harcore, Sianvar lança um explosivo EP que bebe diretamente de fontes como os discos mais pesados e técnicos de Mars Volta.
14. Lil Silva – Mabel EP
A frente de seus projetos, o produtor é mais do que umas voz do Neo Soul e sim, um grande criador de batidas contemporâneas e acessíveis. Neste EP, está mais próximo das pistas do que nunca.
13. Röyksopp & Robyn – Do It Again
Pequenas surpresas e grandes músicas fazem desta reunião de talentos uma obra imperdível. Ideal pra você colocar a pista pra dançar ou então como uma trilha potente pra não perder o pique no dia a dia.
12. Marika Hackman – Deaf Heat
Aperfeiçoando cada vez mais seus traços mais marcantes, Marika consegue nesta obra trazer a tona um nível emocional que ultrapassa qualquer outro de seus trabalho. Sem dúvida alguma, um bom aperitivo pra o que está por vir em seu primeiro álbum, a ser lançado no próximo ano.
11. Speedy Ortiz – Real Hair
Ainda com o mesmo Indie Rock noventista barulhento e cheio de personalidade que nos encantou anteriormente, Speedy Ortiz entrega um EP mais sombrio, mas que continua emocionando sem grandes esforços, com suas letras introspectivas por vezes indecifráveis. Mais um passo da banda em se tornar um dos nomes mais autênticos do Rock Alternativo atual.
10. Baauer – SS
Após o sucesso viral de Harlem Shake, o produtor consegue se afastar das obviedades de seu maior hit e mostra que é possível ser criativo dentro da Trap ou da Bass Music, num caminho inverso da atual pasteurização do gênero. Mesmo assim, é óbvio o potencial de ß dentro das pistas de dança.
9. Hudson Mohawke – Chimes
Três anos sem lançamentos solo, se dedicando a produzir batidas para grandes nomes sido Hip-Hop, inspiraram o escocês Hudson Mohawke a produzir um EP de onze minutos, que comprova sua qualidade além dos estilos que o consagraram.
8. Jamie xx – Girl/Sleep Sound
Duas faixas apenas e mais uma esperança de um vindouro disco fazem deste EP um dos melhores momentos da EDM do ano. Um estilo próprio que incorpora elementos do Deep House, cortes inesperados e psicodelia dão autoridade para Jamie decolar sozinho.
7. The World is a Beautiful Place & I Am No longer Afraid To Die – Between
A melancolia do Emo ganha um novo sentido nesta obra do coletivo norte-americano. O disco se desenrola no musicar das poesias emotivas de Chris Zizzamia, que as declama de forma pausada e ritmada. Um encontro poderosamente comovente e sensível.
6. Jon Hopkins – Asleep Versions
Que fique claro: Este não é um disco de músicas para dormir, mas uma compilação de faixas sobre sonhos. E que sono agitado o produtor tem! De qualquer forma, não perca a oportunidade de ouvir o EP, já que convites para sonhar sempre devem ser aceitos.
5. The Soundscapes – A lifetime a minute
Ecos do supra sumo do Indie Rock dos anos 90 se misturam ao que de mais interessante tem surgido na cena roqueira underground para dar forma a cinco faixas incrivelmente bem construídas e arquitetadas, músicas que são capazes de colocar o ouvinte em estado de transe momentâneo. Esse é um EP tão incrível que só tem um problema: ser curto demais.
4. Wannabe Jalva – Collecture
Cinco faixas perfeitinhas integram um disco com qualidade de exportação fabricado pela banda gaúcha. São músicas que passeiam por climas e energias diferentes entre si, ainda que sempre provocativas (cada uma a seu modo), para deixar o público naquela vontade iminente de ouvir o EP só mais uma vez (e, quando perceber, já tocou mais cinco). Mais uma verdadeira coleção de acertos do grupo.
3. Sales – Sales
A simplicidade dos arranjos abre espaço à beleza da harmonia em Sales. Um violão sem grandes rebuscamentos e uma bateria tímida guiam Lauren Morgan e Jordan Shih, que acabam criando em seu minimalismo uma aura de Folk Eletrônico que se encontra entre o Twee (à la Belle & Sebastian) e o Bedroom Pop. Tudo contribui para o clima intimista, rangidos de cadeira que vazam vez ou outra, o volume parcimonioso e a opção pela claridade nos detalhes configuram um dos EPs mais bonitos deste ano.
2. E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante – Vazio
Contar histórias sem proferir uma palavra sequer é uma tarefa dificílima. Quem dirá fazer isso e ainda ser capaz de emocionar quem a ouve. Esse quarteto paulistano consegue não só inserir o ouvinte em sua narrativa, mas também o fazer criar seus próprios desdobramentos para a fábula musical que está sendo apresentada. Faz do espectador uma parte integrante da obra.
1. The Staves – Blood I Bled
O que o trio britânico aprontou neste pequeno lançamento de três faixas está mais para “covardia” do que para “disco”. Isso acontece em relação ao ouvinte, que é atingido emocionalmente por todos os lados já na sóbria Open, que faz as vezes de introdução do EP. Isso continua e forma quase melodramática na faixa-título e ganha um ar mais singelo, embora ainda belo e denso, na derradeira America (uma alusão ao país para o qual as três cruzaram o oceano e encontraram lar para a obra – não um estúdio qualquer, mas o de Justin Vernon). Todas as músicas são de uma beleza que vai além da harmonia perfeita entre as vozes e encontra seu ponto ideal no misto de liberdade criativa com a segurança de um formato sem erro: Bases no violão e interpretações emocionadas e orgânicas. De fechar os olhos.