Bastille Não Teve Vergonha de Ser Pop

Banda faz show sem deslizes e concorre a grande momento Pop desta edição do festival

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Fotos: Breno Galtier

Bastille é um dos maiores candidatos entre novos nomes da música a fazer sucesso na categoria de “banda Pop” a qual pertencem Coldplay, fun., Imagine Dragons e Foster The People, por exemplo – sem nenhum juízo de valor aqui.

Comportamentos típicos em shows reforçam a classificação. Todos bonitinhos, bem vestidos, carismáticos, um vocalista que se destaca bem mais do que o resto e que, se viesse com uma outra banda o acompanhando, provavelmente ninguém perceberia – sim, sejamos sinceros -, além de intercalar momentos de êxtase tocando hits com músicas calminhas, de preferência com o vocalista no piano. Todos estes ingredientes estiveram presentes e foram bem executados no show da banda no encerramento do primeiro dia de Lollapalooza – ao mesmo tempo que Jack White e Major Lazer tocavam em outros palcos.

Bastille é uma boa banda, suas canções tem personalidade e são extremamente bem transformadas para o formato ao vivo, conseguindo arrancar aquele arrepiozinho, mesmo de quem não é fã, ao ouvir um hit do tamanho de Pompeii por exemplo, tocado incessantemente no último ano. Além disso, a banda interage com a platéia na medida certa e de forma relevante, na qual sua interação de fato interfere em como reagimos a sua música.

A boa Bad Blood abriu a apresentação e o restante das canções foram empolgantes o bastante para segurar o público – destaque para Things We Lost In The Fire – até o encerramento com Of The Night e com a inesquecível Pompeii, que só sendo muito chato pra não concordar que foi um dos momentos Pop mais divertidos do festival – e, segundo o Twitter, o terceiro momento mais citado na rede social no sábado, só perdendo para dois relacionados ao show de Skrillex.

Faltam à banda mais diferenciais além da ótima voz de Dan Smith, que consegue ser ainda mais impressionante ao vivo, por isso fica a curiosidade sobre quais caminhos tomará e até onde pode chegar. Mas, isoladamente, Bastille cumpriu com o seu papel e tornou mais inesquecível o final de semana de muitos fãs.

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.