Experiência Pop: Um Guia para um Lollapalooza com a Sua Cara

Marina and the Diamonds, Florence + The Machine e Halsey (foto) dão outro tom ao festival

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Parece existir um grande consenso de que grandes festivais são destinados ou ao Rock, ou à Eletrônica. Um dos baratos do Lollapalooza Brasil é a possibilidade de ir contra esse lugar comum e ter uma experiência muito mais voltada à música Pop – por mais difícil que seja definir essa palavra.

Ao invés de tentar explicar o conceito, vale mais a pena propor dois dias no evento que priorizem as músicas boas de cantar junto, os ritmos mais dançantes e a sensação de ver aquele hit sendo executado ao vivo na sua frente. Aproveite!

Sábado, 12 de Março

Chegou cedo? A boa é ver Dônica ao vivo, com um show que deve mostrar seu disco Continuidade dos Parques. Aguarde músicas bonitas pra você ver sentado no gramado energizando-se para um dia inteirinho de música. Em seguida, você tem duas opções: Ou segue a vibe de banda e curte Vintage Trouble, ou experimenta algo mais Eletrônico com Groove Delight. A primeira aposta no Soul e R&B para um som bem nostálgico, sempre de primeira. Já a produtora Ké Fernandes, nome por trás de Groove Delight, aposta em sons bastante contemporâneos para agitar a pista do Lolla. Independente da sua escolha, a boa música é garantida.

Mais tarde, a boa é ver o produtor A-Trak, que já trabalhou com gente como Kimbra, Duck Sauce e ZHU e ficou super conhecido por seus remixes. Depois de tanta música Eletrônica, vale a pena ver Of Monsters and Men fazendo um dos shows mais aguardados do festival, naquele clima gostoso de fim de tarde e pôr do sol. Dá tempo de ver a apresentação toda e ir curtir a norte-americana Halsey, que aproveita a ótima fase na carreira para vir ao Brasil pela primeira vez.

Aí é a vez de escolher entre continuar em uma pegada mais Indie Folk e ver Mumford & Sons, ou cair de cabeça até o chão nas batidas potentes de Die Antwoord. Dá tempo de ver qualquer um desses inteirinho antes de correr ao Palco AXE para ver a tão aguardada apresentação de Marina and the Diamonds no palco do festival, após o famigerado cancelamento de última hora no ano passado. Preparem-se para um show caprichado de mais de uma hora. Fim do primeiro dia.

Domingo, 13 de março

Após uma noite bem dormida e muitas selfies publicadas, é hora de rumar ao Autódromo de Interlagos para mais um dia incrível – a começar pela dobradinha delícia Dingo Bells e Maglore (se você organizar direitinho, dá pra ver o melhor de cada um desses shows). Bandas ótimas, músicas lindas e showzaços para começar o dia. Depois, é hora de ver a rapper Karol Conka agitar o Palco Perry em um show de peso na medida certa.

E se a intenção for dançar, vale seguir o conselho do hit Shut Up and Dance, da banda WALK THE MOON e curtir as inspirações nos anos 80 e fazer aqueles passinhos do século passado. A imersão no novo milênio entra em voga um tempinho depois, quando ODESZA subir ao palco com um som Pop e contemporâneo que serve como aquecimento tanto para quem quiser ver Jungle em seguida, ou – e esta é nossa dica – Skrillex e Diplo juntos com seu Jack Ü.

A dupla vem como um dos maiores shows do festival e sua apresentação deve contar com grandes sucessos dos dois, juntos ou separados, nos últimos anos, além de grandes surpresas (algo que ambos são bons em fazer). Aí é só uma questão de minutos para Florence + The Machine subir ao Palco Skol e fazer uma das atrações mais memoráveis do fim de semana.

Pronto, já pode ir para a casa de alma lavada, com uma experiência de Lollapalooza bem diferente de grande parte do público do evento e de igual qualidade. No ano que vem, esperamos, tem mais.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.