M.I.A. (Quase) Rouba a Cena no Último Dia de Festival

Apesar de problemas técnicos, cantora hipnotizou o público e mostrou porque é um dos grandes nomes do Pop atual

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Domingo foi realmente um dia único na história do Pitchfork Festival. Considerado um festival pequeno, para um público alternativo e fã de Rock, foi no mínimo uma surpresa ter o domingo como o primeiro dia a ter os ingressos esgotados, sendo que as maiores atrações eram R. Kelly e M.I.A., dois grandes nomes do Pop. Durante a tarde, ficava a dúvida entre qual dos dois havia atraído tanto público.

Foi só M.I.A. começar a ter seu palco montado com grandes engrenagens e letreiros luminosos que aparentemente a dúvida havia chegado ao fim. Após o início do show, onde o público – que lotou o palco vermelho – foi à loucura e dançarinos entraram acompanhando a cantora, a impressão era de que aquela era uma das maiores atrações a passarem pelos palcos do Union Park em muitos anos.

Seu mais novo e seu primeiro sucesso, Bring The Noise e Bucky Done Gun respectivamente, abriram o espetáculo e o público entrou em transe, dançando como não havia visto em todo o final de semana e provavelmente como não haviam dançado em muito tempo. Pais e mães, pré adolescentes, fãs de hip-hop com camisetas do Wu-Tang Clan, outros com camisetas do Swans, garotas bem arrumadas e todo tipo de gente parecia ter combinado perder a linha no momento em que a música começasse.

E foi assim até o final, apesar de alguns pequenos problemas técnicos no retorno da cantora e também no som em alguns momentos, que inclusive a fizeram parar a música três vezes, nada disso foi o bastante para desanimar os presentes. Analisando o nível de curtição do público, todos aqueles diferentes perfis dançando juntos, a qualidade dos dançarinos e o carisma da própria M.I.A. passando quase metade do show na grade junto aos fãs, é difícil considerar qualquer ponto negativo na noite.

Obviamente, seu já citado primeiro hit, Paper Planes e Bad Girls foram as mais comemoradas e cantadas, multiplicando ainda mais o nível de transe que atingiu Chicago naquela noite.

Estava pronto para escrever que havia sido o grande show do festival e sua maior produção, porém em seguida veio R. Kelly, que roubou a cena, mas sem apagar o brilho da poderosa M.I.A.

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.