Melhores álbuns de 2012

Dentre mais de 300 discos resenhados dos mais diferentes estilos no ano, selecionamos nossos 25 favoritos

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Um dos objetivos do Monkeybuzz ao resenhar tantos discos diariamente, é tentar demonstrar ao nosso leitor o prazer de ouvir um álbum por inteiro, como se lê um livro ou assiste a um filme. Felizmente, apesar do mercado em certos momentos, parecer fazer o caminho inverso, quem realmente aprecia música concorda com esse nosso hábito.

Em meio a tantos singles, principalmente na música Pop, onde conhecemos muitas músicas de ouvir no rádio, em festas ou em clipes, mas não fazemos muita ideia se aquela faixa pertence a algum álbum, alguns artistas continuam fazendo bonito e tratando suas obras com todo o cuidado que valorizamos. São esses trabalhos que decidimos destacar em nossa lista com os 25 melhores ábuns do ano resenhados por nossa equipe.

25 – Goodspeed You! Black EmperorAllejuah! Don’t Bend, Ascend!

Godspeed You! Black Emperor

Os dez anos que separam este disco do anterior, Yanqui, U.X.O., não foram desperdiçados pela banda, que soube trazer de volta suas maiores características para uma obra que, ao longo de seus 54 minutos (em apenas quatro faixas), reúne muito do que sempre impressionou o público da banda e conquistou uma nova geração de fãs.

24 – Half Moon RunDark Eyes

Half Moon Run

Disco de estreia do trio canadense mostra que idade e maturidade nem sempre andam juntas e faz isso através de belíssimas composições que remetem ao encontro do Folk, de bandas como Fleet Foxes e Grizzly Bear, com o Rock Alternativo do Radiohead.

23 – Mumford & SonsBabel

Mumford & Sons

A explosão Folk e Rock que a banda fez em Sigh No More vem em proporções ainda maiores neste seu segundo álbum. Com ainda mais do banjo com os gritos de Marcus Munford, o quarteto britânico mostrou mais uma vez que sabe pegar no fundo da alma como poucas bandas fazem hoje em dia.

22 – Jessie WareDevotion

Jessie Ware

A dissolução do R&B em 2012 veio em várias formas, uma das variáveis de destaque apontadas se deve ao lançamento de Jessie Ware sob o nome de Devotion. O trabalho vocal que remete a nomes como Sade casado com a instrumentação que varia entre traços acústicos e eletrônicos traz solidez e qualidade do início ao fim, permeada por letras de amor sisudas e uma atmosfera sedutora e levemente obscura, a estreia de Ware aponta um belo rumo para seu futuro musical.

21 – Matthew E. WhiteBig Inner

Matthew E. White

Em sua estreia, o cantor traz uma mistura de Folk com Soul que eleva o estado de espírito de seus ouvintes em uma viagem sinestésica e bucólica pelas paisagens sonoras orquestradas pelo músico.

20 – Cat PowerSun

Cat Power

Chan Marshall caprichou nas experimentações com drum machines e sintetizadores para criar um álbum que, se não entra na história como o melhor da moça, nos presenteou com dois hits excelentes, Cherokee e Ruin e uma participação mais do que ilustre do mestre Iggy Pop – pequenas características que acabam por fazer de Sun um trabalho memorável.

19 – Melody’s Echo ChamberMelody’s Echo Chamber

Melody Prochet

Em seu primeiro disco Melody Prochet dá ao Rock Psicodélico sua versão caleidoscópica e sonhadora, que com ajuda de Kevin Parker (Tame Impala), cria um novo cenário e explora novas paisagens lisérgicas.

18 – The ShinsPort of Morrow

The Shins

A maturidade trouxe a James Mercer e seus companheiros de banda não a ousadia de experimentar livremente entre diversas sonoridades, mas a consciência de saber dominar composições Pop de coração e ricas em estética. Pode não ser o trabalho mais interessante da banda, mas ainda consegue se destacar (e muito) em meio a tantos ótimos lançamentos do mesmo período.

17 – Kendrick Lamarg.o.o.d kid Mad city

Kendrick Lamar

g.o.o.d kid Mad city é um retrato sincero de um jovem que vive em uma comunidade dominada pelo crime e que acaba se deslumbrando com um mundo recheado de dinheiro, mulheres e violência. Kendrick Lamar conseguiu inovar com batidas criativas e atmosféricas, além de letras confecionais e rimas consistentes lançando um legítimo disco de Hip-Hop, justamente quando o estilo vem incorporando as mais diversas influências.

16 – Tulipa RuizTudo Tanto

Tulipa Ruiz

Em algumas das faixas de seu segundo disco, dá para sentir a cantora sorrindo enquanto canta – uma mesma reação que passa pelas faces de seus ouvintes ao conferir o Pop bem trabalhado e tão contemporâneo que dá volume à poesia da artista. Um daqueles álbuns que nos darão sorrisos ainda por muito tempo.

15 – Hot ChipIn Our Heads

Hot Chip

Após a lacuna criada com o fim do LCD Soundsystem, ficou a dúvida de quem seria a nova referência na mistura do Indie Rock com música eletrônica e In Our Heads é a ótima resposta do Hot Chip. O disco é composto por menos hits e mais por faixas a serem bem apreciadas, resultando no melhor trabalho grupo.

14 – Dinosaur Jr.I Bet On Sky

Dinosaur Jr.

Manter um público fiel por mais de duas décadas não é tarefa fácil, e essa lição é bem aplicada quando se fala de Dinosaur Jr. e seus 27 anos de carreira eternizados e revividos com o belo disco Watch The Corners. O rock alternativo iniciado pela banda na metade dos anos 80 ainda segue firme e com a mesma personalidade que costumava agradar. As linhas de distorção de guitarra vem em tons mais suaves sem decepcionar em nenhum momento.

13 – David Byrne & St. VincentLove This Giant

David Byrne & St. Vincent

A tão aguardada colaboração entre esses dois grandes artistas finalmente aconteceu e consegue ser experimental o suficiente para se tornar incrivelmente acessível. Construído a partir de arranjos feitos metais e batidas eletrônicas, o álbum é um apanhado de canções que mostra a genialidade do duo trabalhando em conjunto.

12 – Beach HouseBloom

Beach House

O casal Victoria Legrand e Alex Scally conseguiu em seu quarto disco, além de repetir antigos acertos, trabalhar novas influências – principalmente as trazidas do Pop dos anos 60 -, e, como resultado, conseguiu guiá-lo com grande frescor.

11 – Dirty ProjectorsSwing Lo Magellan

Dirty Projectors

Como resultado de um ano de reclusão de David Longstreth em uma pequena cidade de Delaware, o sexto álbum do coletivo se apresenta menos comercial, mas ainda assim mais acessível que seu antecessor, “Bitte Orca”.

10 – The MaccabeesGiven to the Wild

The Maccabees

A banda finalmente consegue alçar os voos que estavam sendo ensaiados desde o disco anterior, Wall Of Arms (2009), alinhando toda sua experiência com o Indie Rock com pequenas pitadas de Post Rock.

9 – SILVAClaridão

SILVA

O estado do Espírito Santo é o detentor de uma das revelações mais notáveis dos últimos anos: SILVA iniciou sua carreira musical com seu EP recheado de beats tropicais em um formato nada óbvio, inaugurando o gênero Chillwave devidamente ao formato brasileiro. A novidade rendeu ao cantor um contrato com o selo SLAP, que providenciou seu primeiro disco, Claridão. O material retrata uma extensão reaperfeiçoada de seus primeiros passos que devem refletir em novas gerações que sequenciem o ritmo que produz.

8 – Flying LotusUntil The Quiet Comes

Flying Lotus

Seguindo a fórmula premiada do disco anterior, Flying Lotus traz para Until The Quiet Comes o eletrônico downtempo com elementos de Jazz que fez de Steven Ellison um dos grandes nomes atuais da música eletrônica. Outro elemento que revemos em relação ao último trabalho é a presença de Thom Yorke em uma faixa do novo álbum, sendo esse, mais um toque especial dada à obra devido à genialidade já conhecida do líder do Radiohead em composições. As 18 faixas de Until The Quiet Comes são distribuídas entre algumas de curta duração, com pouco mais de 1 minuto cada, tomando forma de pequenos epílogos nessa obra minimalista em sonoridade, mas grandiosa em qualidade.

7 – Alabama ShakesBoys & Girls

Alabama Shakes

A maturidade revelada pela banda de Brittany Howard neste seu sólido trabalho de estreia é acompanhada de letras sobre crescer e ter crescido, que falam de saber como lidar com o que a vida traz. Sendo assim, dá pra ver que o grupo está preparado para toda uma longa e madura carreira desde já, trazendo verdadeiras explosões sonoras de poucos minutos a cada faixa em hits pouco óbvios e sempre surpreendentes.

6 – Jack WhiteBlunderbuss

Jack White

Depois de mais de 20 anos de carreira em projetos e parcerias, o músico faz seu primeiro trabalho solo que, além de revisitar todas essas fases, traz mais de si mesmo à obra que enfim recebe seu nome.

5 – Alt – J (∆)An Awesome Wave

Alt-J

Se por um lado há grande dificuldade em classificar o som do grupo, tamanha a fusão de estilos e influências, há a grande facilidade em curti-lo logo de cara. Em seu primeiro trabalho, a banda mostra o porquê de todo o buzz que conseguiu ao longo do ano com um dos melhores álbuns de estreia de 2012.

4 – Cloud NothingsAttack On Memory

Cloud Nothings

Sob a tutela do grande produtor Steve Albini, Dylan Baldi e companhia aliam em seu terceiro álbum o melhor do Indie Rock, Lo-Fi e Garage Punk à sua bagagem musical, dando continuidade à tradição de melhorar a cada disco. Neste, o único defeito é ser muito curto.

3 – Frank OceanChannel Orange

Frank Ocean

Tendo origem no coletivo Odd Future, o músico Frank Ocean firmou-se com as próprias pernas no ano de 2012 trazendo de vez seu álbum de estreia intitulado como Channel ORANGE. Similar em momentos icônicos de Kanye West, o cantor trouxe o Soul em sua essência através do uso de sua voz aliado a instrumentações que variaram entre os solos de guitarra de John Mayer a plenos sintetizadores que trouxeram a atualidade, concedendo ao nicho R&B mais motivos e liberdade para cada vez mais apostar na mistura e desdobramento de seus próprios estilos.

2 – Grizzly BearShields

Grizzly Bear

Não seria difícil para a banda de Nova York fazer um álbum que nos impressionasse com sua sonoridade, principalmente após a prévia que Sleeping Ute, que abre o disco, nos deu meses antes de seu lançamento. Mas o quarteto conseguiu o feito de nos conquistar com músicas absolutamente sensoriais e emocionais, que resultam em uma experiência de se ouvir música com todo o corpo e a alma, sem deixar a peteca da qualidade cair em qualquer momento.

1 – Tame ImpalaLonerism

Tame Impala

Ondas Psicodélicas se fazem presentes novamente no segundo trabalho da banda, que desta vez encara o gênero sob outra perspectiva. O grupo traz ao álbum novos elementos, sonoridades e ideias, abusando principalmente dos sintetizadores e criando algo diferente do que havia sido mostrado anteriormente em Innerspeaker.

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