Melhores Álbuns de 2013

Nossa lista de melhores álbuns de 2013 reflete muito o que foi a música no ano, em que revelações conviveram com grandes nomes que voltaram e em que gêneros tão diferentes dividiram espaço na lista de preferências das mesmas pessoas.

Assim como dito na lista de Melhores EPs, utilizem esta como um lista do que você deve parar para ouvir caso não tenha feito ou do que vale ouvir com maior atenção, caso já tenha experimentado.

Uma lista com 25 álbuns é muito curta perto da quantidade de bons lançamentos que tivemos nesse ano, portanto, cada disco até a última posição foi praticamente uma unanimidade aqui na redação Monkeybuzz. Aproveitem a lista e esperamos que em 2014 possamos resenhar ainda mais álbuns incríveis.

1. Kanye West – Yeezus

Há quase uma década, West tornou-se um dos nomes mais importantes de sua cena e, com seu mais recente lançamento, mantém-se no auge do estilo novamente, aventurando-se por territórios inesperados e inventivos. Se sua lírica egocêntrica e autoindulgente leva mais adiante o que Kanye já professava em seus álbuns anteriores, agora suas batidas e produção como um todo quebram com tudo o que já havia feito, brincando com a tensão, barulho e agressividade do Industrial Hip-Hop (gênero popularizado por Death Grips). Com letras vívidas sobre racismo, materialismo, egocentrismo, machismo e temáticas sexuais, ele ilustra sua nova persona, a divindade Yeezus, que em “I Am A God” coversa com Jesus e mostra por que o rapper é hoje uma das figuras mais importantes não só no Rap, mas na cultura Pop como um todo. _[Nik Silva]

2. Tyler, The Creator – Wolf

O disco mais acessível do polêmico rapper não deixa de perder em nenhum momento a essência do que o coletivo OFWGKTA representa: Batidas secas, peso, ironia e o melhor que o Hip Hop pode oferecer em termos de parceria. No meio de tantos nomes, temos uma verdadeira declaração de que o gênero deve retomar as suas raízes old school, ao mesmo tempo em que se vislumbra o seu futuro. _[Gabriel Rolim]

3. Rhye – Woman

A lírica sensual e romântica, aliada às boas estruturas de um Soul Eletrônico, garante ao duo Rhye notoriedade entre os destaques do ano. Tanto pelos leves vocais de Mike Milosh quanto pela originalidade sonora cuidada por Robin Hannibal, Woman traz referências essenciais da música clássica junto de metais e sintetizadores futuristas de maneira sutil e homogênea. _[Fernando Galassi]

4. Savages – Silence Yourself

Mais do que um simples resgate ao Post-Punk dos anos 80, a obra destas quatro garotas inglesas é a verdadeira prova de que um revival pode sim ter muita atitude e autenticidade. Jehnny Beth e suas comparsas potencializam a robustez, abrasividade e crueza do estilo e ainda adicionam a isso sua lírica única, que discute a letargia que vivemos em nossa sociedade cheia de distrações. _[Nik Silva]

5. Washed Out – Paracosm

Ernest Greene leva a sério a imersão quando o assunto é a construção de suas próprias canções. E, mais uma vez, Washed Out consegue transportar seus ouvintes a um universo diferenciado, como acontece no disco Paracosm. Uma alta gama de sintetizadores emanando vibrações positivas tornam espontânea a vontade de ouvir do começo ao fim seu impecável trabalho de psicodelia eletrônica.  _[Fernando Galassi]

6. Disclosure – Settle

O álbum de estreia veio para confirmar o espaço dos irmãos Lawrence na cena eletrônica mundial. Com colaborações respeitadas, duo mistura Deep House com elementos do Pop no tradicional UK Garage, criando uma identidade própria. _[Pedro Ascar] 


7. Daft Punk – Random Access Memories

Após oito anos, dupla volta aos estúdios para o lançamento de obra que serve como crítica ao EDM. Em companhia de Nile Rodgers, o álbum resgata o Groove dos anos 70 e prova que elementos orgânicos podem movimentar mais corpos do que elementos sintéticos. _[Pedro Ascar] 


8. Oliver Wilde – A Brief Introduction To Unnatural Light Years

O músico, até então desconhecido, nos surpreendeu com álbum sensível e de acabamento refinado, que mistura gêneros musicais numa assinatura suave e única. Voz sussurrada, violão e ruídos eletrônicos são a base de sua estreia excelente. _[Roger Valença]

9. My Bloody Valentine – MBV

Quase uma miragem, o fim do hiato de 22 anos do grupo é emocionante, denso e sufocante. A verdadeira reação de um grito que permaneceu guardado durante muito tempo. Olhos no chão, volumes altos e melodias entre ruídos: é o retorno triunfal do Shoegaze. _[Gabriel Rolim]

10. Arcade Fire – Reflektor

Banda une elementos da Disco, New Wave e produção de James Murphy às composições inspiradas e à preocupação conceitual rara de sempre como caminho pouco óbvio para produzir a obra mais Pop, cheia de Groove e uma das mais épicas de sua carreira. _[Lucas Repullo]

11. Vampire Weekend – Modern Vampires Of The City

Ezra Koenig e companhia sabem como traduzir de maneira enigmática, mas musicalmente acessível, os conflitos de uma geração e chegam ao terceiro disco mais maduros em proposta e conceito para nos entregar o melhor trabalho da banda até o momento. _[Lucas Repullo]

12. Baleia – Quebra Azul

Com oito faixas incríveis, disco do sexteto mistura o carnaval e o erudito para registrar o desespero de viver a vida fora da zona de conforto, sob uma sonoridade rica que segue a mesma proposta. _[André Felipe de Medeiros] 


13. James Blake  – Overgrown

Talvez jamais saibamos de onde vem sua melancolia, mas o segundo disco do britânico não deixa dúvidas sobre seu talento e é uma obra com batidas pensadas no Hip Hop, mas executadas com alma e sentimento. _[Gabriel Rolim]

14. Kavinsky – OutRun

Mantendo sua essência cinematográfica, disco aspira a trilha French House de um longa dos anos 80, que contém um roteiro envolvente e coerente, além de ter sido produzido de forma minuciosa e misteriosa. _[Pedro Ascar]

15. Queens of The Stone Age – …Like Clockwork

Criado em um período de diferentes experiências na vida de Josh Homme, sua nova obra mostra a banda em uma fase ainda mais nebulosa e inebriante, porém o faz sem perder a intensidade de sempre. _[Nik Silva] 


16. CHVRCHES – The Bones of What You Believe

Trio estreou nos encantando com seu Synthpop doce, mas não enjoativo, em um disco carregado de hits e de outras faixas de igual qualidade. _[Vitor Ferrari] 


17. Foxygen – We Are The 21st Century Ambassadors Of Peace & Magic

Jovem dupla utiliza com muita personalidade referências do Rock dos anos 60 e 70 em disco empolgante e mais acessível do que sua estreia. _[Lucas Repullo]

18. – Wado – Vazio Tropical

Músico deixa a energia de “Samba 808” de lado e nos entrega uma obra sensível com versos e melodias orgânicos e produção de Marcelo Camelo. _[André Felipe de Medeiros]

19. Justin Timberlake – The 20/20 Experience Part 1

Confortável no R&B, Justin consegue explorar novos caminhos e ainda assim produzir grandes hits, se provando como o maior nome do Pop atual. _[Lucas Repullo] 


20.  Rodrigo Amarante – Cavalo

Após muita espera, o hermano lança seu primeiro álbum solo e nos surpreendeu com a beleza de suas faixas confessionais e muito inspiradas. _[André Felipe de Medeiros] 


21. Bibio – Silver Wilkinson

Stephen Wilkinson experimenta entre o acústico e o eletrônico em um disco belo e de arranjos delicados, boa trilha para dias ensolarados. _[Lucas Repullo] 


22. AlunaGeorge – Body Music

Pop fácil e de sonoridade sintética recheia Body Music com referências atuais da música eletrônica. Duo reinventa a Lounge Music de maneira esperta. _[Fernando Galassi]

23. Youth Lagoon – Wondrous Bughouse

Disforia. Este é o adjetivo que melhor define a belíssima obra de Trevor Powers e seu passeio psicodélico em seu próprio “manicômio”. _[Nik Silva] 


24. Garotas Suecas – Feras Míticas

Novo disco do quinteto paulista traz uma quantidade muito rica de gêneros para o Rock, criando um registro tão agitado quanto relaxante – na medida. _[Lucas Cassoli]

25.  Volcano Choir – Repave

Justin Vernon encanta tanto quanto em seus trabalhos como Bon Iver, incorporando elementos do Post-Rock entre suas referências já conhecidas. _[Lucas Repullo]

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.