O EP é um formato de lançamento que tem ganhado cada vez mais destaque entre os lançamentos do ano, justamente por seu formato reduzido muitas vezes permitir uma consistência ainda maior na mensagem a ser passada pelo artista e em outros momentos, ser apenas um ótimo aperitivo do que podemos esperar dele para lançamentos futuros.
De uma forma ou de outra, não há como deixá-los de fora neste momento de retrospectiva, por isso inauguramos nossa semana de listas com esta novidade que não estava presente no ano passado: A lista de Melhores EPs de 2013 segundo a redação Monkeybuzz.
Mais do que ordenar os melhores EPs lançados no ano, nossa intenção é registrar os lançamentos do formato que você não deve deixar de ouvir para entender a música feita nesse ano. Pegue o papel e a caneta e comece a maratona.
1. Cambriana – Worker
Após tanto trabalho para lançar um disco, ele sai e os músicos se dão conta de que a jornada laboral está apenas começando. Foi assim com a banda goiana que surpreendeu a todos com House of Tolerance (2012) e lançou este EP de seis faixas como fruto do que aprendeu no processo pós-lançamento. Foi preciso amadurecer como grupo para lidar com seus deveres com a imprensa e rotinas de show, o que nutriu criativamente a banda a ponto de trabalhar estas músicas, uma melhor que a outra. É alternando entre a doçura e o peso em uma mesma faixa (It Never Works), brincando de ser vintage (Heart Keeps Thinking) ou em uma Neo-Bossa em inglês (Choose You) que olhamos pro disco e vemos mais que um bom trabalho – enxergamos por que Cambriana se mostra como uma das mais interessantes de sua geração. _[André Felipe de Medeiros]
2. Oberhofer – Notalgia
Seguindo a linha sonora do Beach Punk feito no Brooklyn, o EP impressiona por suas composições aparentemente simples e despretensiosas, mas carregadas de significado e acompanhadas por algumas das melodias mais criativas e empolgantes que o estilo já viu. _[Lucas Repullo]
3. MØ – Bikini Daze
Dinamarquesa surpreende mostrando composições mais melancólicas e uma variação inteligente de estilos, sem perder a característica dançante e viciante de suas melodias impecavelmente produzidas e que a mantém entre as melhores apostas do Pop atual. _[Lucas Repullo]
4. Wild Nothing – Empty State
Talking Heads e psicodelia são a grande inspiração neste pequeno aperitivo do que o projeto de Jack Tatum pode se transformar. Coeso do começo ao fim, o EP amarra muito bem as suas faixas criando uma experiência única que se inicia com um simples play. _[Gabriel Rolim]
5. Mahmundi – Setembro
Se Efeito das Cores (2012) vem como um combo de hits entre o Pop e um Chillwave leve, Mahmundi agora segura-se nas mesmas bases mas percorre por novo caminho em Setembro. Em viés invernal e mais experimental, carioca chama atenção pela flexibilidade musical. _[Fernando Galassi]
6. Active Child – Rapor
Pat Grossi retorna com material inédito em um EP que capta a essência da relaxante estética de seus discos anteriores com uma partícula Pop mais evidente, criando um registro que envolve o ouvinte e o transporta para outra dimensão, isenta de problemas. _[Lucas Cassoli]
7. Mogwai – Les Revenants
Um dos mais renomados nomes da música instrumental retorna com faixas que serviram de trilha para uma série francesa, nos deixando com sentimentos à flor da pele, evocando sensações que extrapolam a audição e brincam com todos os nossos sentidos. _[Vitor Ferrari]
8. Gold Panda – Trust
Dinâmico e com apenas cinco faixas, EP transporta o ouvinte para um ambiente urbano e cosmopolita, trabalhando com o estilo Downtempo e Minimal característico do produtor. Um disco que pode ser colocado como um dos, ou como o melhor da carreira do londrino. _[Vitor Ferrari]
9. Shlohmo – Laid Out
Bastante influenciado pela música negra e passando do R&B ao Hip-Hop, produtor faz um ótimo e curto EP, que diminui as suas batidas por minuto para criar uma experiência lisérgica e sensual com a bem-vinda participação especial de How To Dress Well. _[Gabriel Rolim]
10. BANKS – London
Sempre ao lado de grandes produtores da atualidade, a jovem BANKS segue a qualidade de seus singles anteriores. As bases sombrias de Synthpop preenchidas por seu vozeirão acalorado já consagraram-na como promessa da nova geração do R&B eletrônico. _[Roger Valença]
11. Sampha – Dual
Dando um novo brilho ao R&B e criando algo que represente o seu tempo, a voz única de Sampha e suas letras sinceras proporcionam uma ligação emocional imediata com a sua música. _[Maynara Fanucci]
12. FKA Twigs – EP 2
O Trip Hop e o minimalismo são traços marcantes no som intenso e único de Twigs. Exigindo ouvidos afiados, a voz melancólica e poderosa impressiona neste EP. _[Maynara Fanucci]
13. Lorde – Tennis Court
EP concentra todo o talento da jovem neo-zelandeza Lorde, evidenciado por suas letras e sonoridade que fogem dos clichês do Pop contemporâneo. _[Lucas Cassoli]
14. Opala – Opala
Maria Luiza Jobim decidiu deixar de lado a MPB e sua antiga banda e focar em um novo projeto, agora inspirando-se na música eletrônica e no Jazz. Unindo forças com o astuto produtor Lucas de Paiva, o duo Opala estreou bem com um EP autointitulado. _ [Fernando Galassi]
15. The Preatures – Is This How You Fell
Condensando o Rock setentista, no maior estilo Fleetwood Mac, uma das melhores revelações australianas chega a seu segundo EP deixando seu som ainda mais Pop. _[Nik Silva]
16. Moodoïd – Moodoïd
Guitarrista de Melody’s Echo Chamber lança seu trabalho solo produzido por Kevin Parker e passeia com criatividade e talento pela psicodelia. _[Lucas Repullo]
17. Young Wonder – Show Your Teeth
Dupla irlandesa une Dubstep, R&B, Trip Hop e Dream Pop em uma amálgama Pop para formar um dos mais interessantes hibridismos criados em 2013. _[Nik Silva]
18. Zula – Twin Loss
Mais um exemplo de como a união entre o Pop e a Psicodelia pode ser boa, seu EP de estreia mostra o vasto território a ser explorado nesta fusão. _[Nik Silva]
19. Rubel – Pearl
Olhando para si mesmo como estrangeiro, músico carioca fala de saudades e intimidades em algumas das músicas mais bonitas e sinceras do ano. _[André Felipe de Medeiros]
20. Blaenavon – Koso
Som maduro, jovens precoces e um nome difícil de soletrar marcam o surgimento de uma ótima novidade musical sem soar experimental em demasia. _[Roger Valença]