As faixas preferidas e mais ouvidas da redação Monkeybuzz em 2013. Para curtir como foi esse ano na música, basta ouvir à playlist no final.
1. Arcade Fire – Reflektor
Entregar apenas boa música não parece ser a praia de Arcade Fire. Em Reflektor, Win Butler filosofa sobre diferentes aspectos e paradoxos do mundo em que vivemos, onde o desenvolvimento tecnológico parece estar evoluindo em ritmo mais acelerado do que as relações humanas e ferramentas que deveriam ser usadas para expandir nossos horizontes causam o efeito oposto, apenas refletindo nossas própria realidade limitada. Mas esta interpretação da canção não vem fácil, está fragmentada em signos que vão desde seus clipes, artes do disco a obras anteriores e entrevistas. Uma faixa tão épica, só poderia vir cheia de groove e embalada na produção característica de James Murphy com sua percussão marcada e ainda com a cereja do bolo, uma participação de David Bowie. Reflektor é a prova da versatilidade da banda sem perder suas características e uma de suas melhores faixas até o momento. _[Lucas Repullo]
2. Kanye West – Black Skinhead
Sem dúvidas, uma das produções mais poderosas e ousadas do ano. Dona de um minimalismo sujo, brutal e barulhento, a faixa se constrói à base de batidas secas, ruidosos sintetizadores e respirações ofegantes que fazem um excelente plano de fundo para Kanye desafogar seu ego enquanto canta e grita sobre os estereótipos que outros negros colocam sobre ele. _[Nik Silva]
3. Daft Punk – Get Lucky
Uma daquelas faixas tão presentes na cultura pop que fica difícil analisá-la sem incorporar qualquer significado. É o exemplo máximo da proposta orgânica do Daft Punk em RAM. Com um flow raro comandado pelas guitarras de Nile Rodgers e sem perder os efeitos robóticos que os caracterizaram, Get Lucky conquista instantaneamente como uma das faixas mais dançantes dos últimos anos. _[Lucas Repullo]
4. Oliver Wilde – Flutter
Arrastada, onírica e hipnotizante. Certamente, não havia escolha de single mais certeira para ilustrar o surpreendente disco de estreia do britânico. Assim como todo o álbum, a faixa te convida com um belo sussurro a um estado puramente contemplativo, tanto de sua interessantíssima construção, cheia de dedilhados e efeitos inesperados, quanto da própria introspecção do ouvinte. _[André Felipe de Medeiros]
5. Queens Of The Stone Age – My God Is The Sun
Apresentada pela primeira vez no Lollapalooza desse ano, esta faixa serviu como primeiro contato com o que seria …Like Clockwork, novo disco do grupo. Quase como uma volta ao clima abrasivo e incendiário do clássico Songs for the Deaf, a música mistura ótimos riffs, timbres agressivos das guitarras, vocais e letras marcantes de Homme e o talento ímpar de Dave Grohl à bateria. _[Nik Silva]
6. Justin Timberlake – Mirrors
Um hit romântico, pegajoso e delicioso como poucos conseguem fazer, mas Justin dá aula. Mirrors é feita para ouvir nos fones, cantar no banho e se emocionar em um show. Basta começar o refrão e se deixar levar por sua repetição e pelas palmas, responsáveis pela levada da faixa. _[Lucas Repullo]
7. Darkside – Paper Trails
Faixa mostra o domínio de Nicolas Jaar e Dave Harrington em encher de groove uma faixa de um disco tão obscuro e contemplativo. Ela utiliza vocais e guitarras inspirados no Country para um resultado surpreendentemente contagiante. _[Lucas Repullo]
8. Bibio – A Tout L’heure
Stephen Wilkinson é mestre na experimentação com elementos eletrônicos e sintetizadores. Em A Tout L’heure o resultado disso é uma das faixas mais ensolaradas e apaixonantes do ano, onde sua delicada e orgânica melodia é envolta por uma produção primorosa que trabalha para potencializar o efeito hipnotizante de sua melodia e vocais. _[Lucas Repullo]
9. Vampire Weekend – Diane Young
Entram as guitarras misturadas com os vocais desorganizados de Ezra que fazem uma faixa com a levada dançante da Rockabilly, mas onde a melodia não é certinha e nossa única opção é dançar e pular fora do ritmo em uma das faixas mais instantaneamente potentes do ano. _[Lucas Repullo]
10. Janelle Monáe – Dance Apocalyptic
O resgate do R&B efervescente e o melhor da Soul Music dos anos 60 são sintetizados de maneira esperta por Janelle Monáe no hit. A animada música do disco The Electric Lady revive bons momentos traçados por Michael Jackson em início de carreira. _[Fernando Galassi]
11. Foals – My Number
Um dos maiores hits de Holy Fire (e do ano), e não à toa. Pegando um pouco do clima festivo de seu disco de estreia e o colocando sob a perspectiva amena e Pop de seu segundo álbum, o grupo criou uma faixa capaz de transitar entre pistas e iPods. _[Nik Silva]
12. The Internet – Dontcha
Pense aquele groove bacana acompanhado de um vocal em agudos sedutores e convidativos. Prepare-se pra ouvi-la por muito tempo e dançar sempre. _[André Felipe de Medeiros]
13. Washed Out – It All Feels Right
Em uma das evoluções mais surpreendentes do ano, a faixa do novo disco de Ernest Greene utiliza uma exploração bem mais vívida de sintetizadores, tornando-se uma espécie de paraíso artificial. _[Lucas Cassoli]
14. Kurt Vile – Waking On A Pretty Daze
Nove minutos de uma das canções mais arrebatadoras do ano passam num piscar de olhos, tamanha a sensação de êxtase causado pela doce Psicodelia de Kurt Vile. _[Nik Silva]
15. Rhye – 3 Days
Duo apresenta uma doce balada envolvida por metais, pelos leves vocais de Mike Milosh e por um arranjo que transita entre o clássico e o contemporâneo – um dos destaques no estreante disco Woman. _[Fernando Galassi]
16. Baleia – Breu
O vocal delicado e as cordas trazem esperança dentro do surrealismo, da tensão e da complexidade de Breu, um das faixas mais bonitas do ano. _[Lucas Repullo]
17. Disclosure – When A Fire Starts To Burn
Eric Thomas foi o nome por trás do primeiro single de Settle. Assim como no clipe, talvez você não consiga ficar parado quando ouvir essa peça de Deep House. _[Pedro Ascar]
18. Savages – Shut Up
Faixa que dá a tônica a Silence Yourself, o faz de maneira furiosa e arrebatadora. Um libertário hino do Post-Punk contemporâneo. _[Nik Silva]
19. Foxygen – On Blue Mountain
A faixa mais ambiciosa, contagiante e épica da jovem dupla que relembra tudo de melhor que já ouvimos do Rock dos anos 60 e 70. _[Lucas Repullo]
20. Selton – Across The Sea
“My oh my” é um daqueles versos que você canta com gosto e o sampler de Marinheiro Só é certeza de sorriso sempre que você ouvir a faixa. _[André Felipe de Medeiros]
21. Garotas Suecas – Eu Vou Sorrir Pra Quem É Gente Boa
Com uma ambientação repleta de leveza e timbres psicodélicos, a faixa traduz muito bem a aura do segundo disco do quinteto paulistano. _[Nik Silva]
22. CHVRCHES – The Mother We Share
Abrindo o novo registro do trio escocês, a faixa mostra como a banda consegue dosar refrões chiclete, com um experimentalismo de timbres que dá maior dinamismo, fluidez e coesão à composição. _[Lucas Cassoli]
23. Tyler, The Creator – Rusty
Melhor faixa do disco é urbana, tem batidas dos anos 1990 e traz nomes fortes do Hip-Hop atual como Earl e Domo. Criação fundamental em 2013. _[Gabriel Rolim]
24. Rodrigo Amarante – Maná
O bom filho à casa torna – ao quintal, onde rola aquele sambinha esperto. Maná aumentou a expectativa de Cavalo e colocou todos pra dançar. _[André Felipe de Medeiros]
25. Youth Lagoon Dropla
“You’ll never die” é o mantra de Trevor Powers na mais delicada e esperançosa faixa de sua bela e depressiva obra. _[Lucas Repullo]