2013: um ótimo ano para Lorde

Jovem neozelandesa de apenas 16 anos despontou como um dos maiores talentos deste ano e emplacou muitas de suas produções nas primeiras posições das paradas de diversos países

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Desde o fim de 2012, uma garota de apenas 16 anos começava a chamar a atenção nas paradas neozelandesas com seus singles que viriam a formar um pequeno EP lançado sob o nome de The Love Club EP. Nele, já havia Royals, uma das faixas que iriam dominar as paradas no ano seguinte, mas até então o máximo que se pensava daquela menina que se escondia atrás de uma capa em que havia somente sua face rusticamente desenhada era que ali havia um grande potencial. Vendo isso, a Universal apostou na garota, e hoje temos um dos maiores fenômenos jovens da atualidade: Lorde.

Com o EP relançado mundialmente em março deste ano, foi nesta época que Ella Maria Lani Yelich-O’Connor veio parar em nossos radares e ganhou um destaque em nosso Ouça: Bandas. De lá até agora, o buzz alcançado pela garota foi realmente estrondoso e, mesmo antes do lançamento de seu ótimo Pure Heroine, o nome de Lorde já estava na boca de muita gente.

Mesmo que tudo isso possa ser explicado pelo talento Pop de Ellla, sua ascensão meteórica é um dos raros casos na música contemporânea em que um astro-Teen se mostra competente em de fato criar sua música e não se tornar simplesmente mais um rostinho bonito cantando e dançado o que adultos escrevem sobre adolescentes.

Lorde consegue se mostrar muito mais que isso e de certa forma se tornar uma porta voz de sua própria geração – e escrever de forma genuína e pé no chão gerou seu maior hit, Royals. Isso pode até parecer um fardo pesado demais para uma garota de apenas 16 anos, mas a veracidade que ela traz aos seus temas é tão grande, que a identificação (mesmo de pessoas que já passaram desta fase) se dá de forma quase imediata.

De março até hoje, a carreira de Lorde foi basicamente quebrar recordes. Logo de cara, com o The Love Club EP, Ella alcançou o topo das paradas alternativas no Billboard US, feito que não acontecia em mais de 17 anos, quando Tracy Bonham figurava no topo desta mesma lista. Além disto, a estreia do single/EP Tennis Court, em junho, rendeu a moça mais uma vez a posição de número um nas paradas neozelandesas e nada menos que quatro faixas simultâneas entre os Top 20 de seus país.

Shows para públicos cada vez maiores também ajudaram todo o buzz alcançado dentre e fora de sua terra natal. Chegando a se apresentar no 2013 Splendour in the Grass festival, substituindo Frank Ocean, que cancelara sua apresentação por conta de uma doença. Uma responsabilidade e tanto para uma menina com tão pouca idade, porém encarada com sucesso pela mesma.

Não bastasse emplacar seu disco nas primeiras posições em diversos países, a garota ainda conseguiu ter a faixa Royals bombando em tudo que é lugar e ganhando remixes, covers e versões que vão desde uma apresentação escolar até mesmo gente grande, como Mayer Hawthorne.

Recordes e vendagens a parte, Lorde conquistou muito mais que algumas milhares de cifras em sua conta, conquistou o respeito dos fãs de música Pop que a muito pediam alma de volta ao estilo. Mostrando grande competência e eloquência, Ella pode se tornar daqui pra frente uma verdadeira porta-voz de sua geração, uma porta voz que não prega e mais isso que não se apega aos excessos de artistas que dividem a mesma tag. Uma jovem já tão madura tem um potencial incrível em suas mãos, só falta saber o que ela fara com ele no futuro.

Sem dúvida alguma, 2013 foi um ótimo ano para Lorde e se tornou um bom ano para música também pela presença desta garota que encantou muita gente mundo a fora.

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ARTISTA: Lorde

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts