Achados e Perdidos: Há Mais House na França

Com o retorno do Daft Punk, fuçamos o baú para falar de seu primeiro disco e de SebastiAn, produtor, que como muitos, foi influenciado por essa obra

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O ano de 2013 teve o retorno de alguns grandes nomes da música mundial, como Sebadoh, My Bloody Valentine e Daft Punk. Este último, formado pela dupla robótica, traz consigo um estigma de um dos artistas mais famosos da música eletrônica há alguns anos, e serviu de influência para outro inúmeros produtores principalmente na França.

Com o estouro gerado pelo regresso de Bangalter e Homem-Christo e o esperado Random Access Memories, o duo Daft Punk fez os antigos fãs matarem as saudades e conquistou novos fãs. Apesar do boom gerado em 2013 com RAM, a dupla parisiense já carrega nas costas duas décadas de atividade, tendo seu primeiro disco de estúdio lançado em em 1997, Homework.

Ainda em sua época não robótica – mas às vezes simploriamente e toscamente mascarada – , o Daft Punk se lançava para o mundo com um primeiro álbum bem mais pesado e entorpecente do que os que os caracterizariam posteriormente. Homework é o mais denso que a dupla já lançou, com batidas mais ríspidas, sem muito apelos melódicos e com constantes repetições de compassos, soando como uma transição entre o Techno e o House tradicional, o que viria ser colocado como French House. Um dos álbuns de cabeceira para muitos jovens da época, os quais, alguns se tornariam produtores, como é o caso de Sebastian Akchoté-Bozovi.

Sob o nome artístico de SebastiAn, o jovem, também residente da cidade luz, daria as caras em 2005, e curiosamente graças ao Daft Punk. No mesmo ano, a dupla – a essa altura já robotizada – lançava seu terceiro disco, Human After All. E foi justamente com um remix da faixa título do disco que SebastiAn ganhou notoriedade. Era o início do jovem que lançaria no ano seguinte seu primeiro disco de remixes e em 2011, seu disco de estreia, intitulado Total.

A base de Total claramente possui influências do Daft Punk do início de carreira, um som mais expansivo, ruidoso e até certo ponto raivoso. Um disco para fãs dos primeiros passos da French House, e que hoje, pode ser ouvido tanto pelos dinossauros e mestres do estilo, como Daft Punk, ou por novos nomes, como SebastiAn.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).