Músicas que despertam qualquer ouvido para beleza, novos sons ou novas ideias, sem datas de validade. Assim é a coluna Acorde.
A cada edição, a equipe Monkeybuzz dá três dicas de faixas capazes de mudar vidas. Duvida?
Benjamin Clementine – London
Demorei a dar atenção a esta música porque ainda estava absorvendo Condolence e Nemesis, todas parceiras no álbum de estreia de Benjamin Clementine (um disco que até hoje ainda estou entendo aos poucos). Storyteller de sua própria história, a letra traz resquícios da época em que o músico saiu de Paris de volta à capital inglesa, lugar onde nasceu. Uma ótima desculpa para ouvir mais uma vez ou conhecer a combinação fatal (no bom sentido) que é o voz do rapaz combinada ao seu talento no piano.
(por Leandro Reis)
Baleia – Furo
A faixa entra para a história da banda como a primeira música que apontou a sonoridade que o disco Quebra Azul teria e fica para os ouvintes não só como um dos destaques de todos os shows, mas como um dos pontos altos do disco, com sua progressão tão interessante, a ausência de um refrão e a poesia tão subjetiva com os conselhos “ria antes que o medo divida” e “não se perca na solidão” em seu clímax. Belíssima.
(por André Felipe de Medeiros)
Joy Division – Atmosphere
Tudo que conheço sobre a relação sempre conflituosa entre desespero e esperança parece estar contido na letra e na melodia desta canção de Joy Division. Existem alguns nomes da música mundial que parecem estar acima do possível, do humano e muito provavelmente é por composições assim que isso acontece. Faixas que transcendem os poucos minutos de música, elas representam, pra quem quer que seja, certas emoções e sentimentos universais. Se já ama a banda, aproveite mais essa chance pra ouvi-los, se não tem muita familiaridade, use Atmosphere como porta de entrada para o belo mundo de Ian Curtis, Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris – estes dois últimos, compositores da faixa.
(por Lucas Repullo)