Algumas Razões Pela Qual Você Deveria Revisitar a Carreira de Gary Numan

Se você ainda não conhece nada ou muito pouco sobre o músico, chegou a hora de saber mais sobre um dos grandes ícones dos anos 80

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Se você ainda não conhece nada de Gary Numan, agora é a hora! O músico foi importantíssimo no desenvolvimento e fortalecimento de estilos como Synthpop, Eletrônica e New Wave durante os anos 80 e, graças em parte a ele, esses gêneros puderam chegar onde estão hoje em dia. Vamos ver então alguns (poucos) motivos pelo qual você deveria revisitar a carreira do músico.

Um dos pais do Synthpop

Por mais que o estilo tenha se desenvolvido de maneira fragmentada desde os primórdios da música eletrônica e do pesado uso dos sintetizadores no Kraut Rock e Synth Rock, o músico foi um dos primeiros a se utilizar desses meios para criar algo, digamos, mais amigável aos humanos. Por mais que em sua primeira fase abraçasse a estética quase robótica de bandas como o Kraftwerk, Gary conseguia transparecer mais que uma extensão das máquinas que tocava.

Apesar de ser considerado como pioneiro no que diz respeito a fazer um álbum de Rock sem guitarras (ele na verdade usava uma variedade enorme de sintetizadores e pedais para conseguir os efeitos em suas músicas) aquilo também era de certa forma Pop. Assim se encaixando e disseminando o termo Synthpop no fim dos anos 70 e começo dos 80. Dessa época ganha destaque sua faixa de maior sucesso, Cars, de seu disco de estreia, The Pleasure Principle (1979).

Bem anos 80, não? E isso nos leva ao próximo motivo para revisitar sua carreira.

Um músico à frente do seu tempo

Por mais que isso possa te parecer datado, fazer um disco assim no fim da década de 70 ainda era um grande tabu. Havia grande preconceito com músicos que decidiam fazer Música Eletrônica – e, entre as inúmeras ofensas direcionadas a eles, a que mais chama a atenção é de que “não eram músicos de verdade, pois as máquinas faziam todo o serviço”. Xingamentos a parte, Numan nessa época foi importante não só para os músicos de sua época como também para os das gerações seguintes exatamente por popularizar esse tipo de música – emplacando todos seus quatro primeiros álbuns em boas posições nas paradas.

Apesar de sua popularidade (e aceitação por grandes veículos da época) gradualmente ter minguado durante toda a década de 80, seus hits ainda hoje são lembrados pelo seu tom futurista, o que acabou por lançar inúmeras bandas que acabaram assumindo os holofotes exatamente por seguir esse caminho que Gary ajudou a abrir – Human League, Duran Duran e Depeche Mode são algumas delas.

Mesmo depois de 30 anos, se mantém relevante

Mas a música de Numan não se restringe aos anos 80 (apesar de seus grandes hits terem sido feitos todos nesta época). Durante esses quase 30 anos de carreira, o músico se reinventou algumas vezes. Mesmo durante sua primeira década como artista, Gary se envolveu com Jazz, com a Música Avant-Garde, com a Música Eletrônica, Industrial Rock, New Wave, Dark Wave e mais outros tantos estilos – isso se deve principalmente a alta produtividade do músico nessa primeira fase de sua carreira, mantendo a média de quase um disco por ano. Mais tarde embarcando de vez na sonoridade Industrial, ela dominou suas mais recentes produções.

Por mais que sua carreira não tenha sido tão influente nos anos 90 quanto na década passada, seu nome já ecoava nessa época como um ícone do que foi feito naquele período. Tanto que músicos como Dave Grohl (Foo Fighters e Nirvana), Trent Reznor (Nine Inch Nails) e Marilyn Manson são fãs declarados do músico e se dizem influenciados pela obra de Numan – e, quanto ao Nine Inch Nails, não resta dúvidas que há grande influência.

Novo disco chegando

Mesmo estando longe dos estúdios (pelo menos do próprio) há mais de sete anos, o músico já dava algumas pistas de que material novo viria pela frente. A volta aos palcos (em turnês de seus antigos álbuns) e participações em álbuns de outros artistas (como a que fez em Gloss Drop, do Battles, cantando a ótima faixa My Machines) já mostravam que o músico não tinha encerrado sua carreira e, de fato, estava muito longe disso.

Como se os outros já não fossem o bastante, outro motivo pelo qual vale a pena vasculhar um pouco do que foi a carreira do Gary é que vem disco por aí. Splinter (Songs From A Broken Mind) será lançado em 15 de Outubro e promete perpetuar o legado do músico do Industrial Rock – sem, é claro, perder suas idiossincrasias vocais e líricas.

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ARTISTA: Gary Numan
MARCADORES: Redescobertas

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts