Caça ao Tesouro: Dez Discos Perdidos do Primeiro Semestre

Listamos alguns discos que possivelmente não ganharam sua devida atenção, mas que você realmente deveria ouvir

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Com um oferta tão grande de álbuns saindo toda semana, é mesmo bem difícil acompanhar tantas novidades, não é? Nossa missão aqui no Monkeybuzz é te ajudar nesse processo e filtrar todo esse conteúdo, repassando diariamente para você somente o que de mais de interessante vem acontecendo no meio musical.

Mas, se ainda assim seu tempo não é suficiente para ouvir todo esse volume de novos discos, é normal que alguns deles tenham ficado perdidos por aí. Para isso, criamos essa pequena lista com dez obras que você provavelmente não deu a devida atenção, mas certamente deveria ter escutado durante este primeiro semestre.

La Dispute – Rooms Of The House

A esta altura do ano, você já deve ter percebido que o Emo está de volta de vez, e não teria como deixar de fora de nossa lista um dos maiores representantes do estilo lançados em 2014. O mais interessante deste álbum é como ele conta uma história e te deixa por dentro da narrativa de um casal se separando sem exatamente seguir uma linha temporal ou estilística bem definida.

James Vincent McMorrow – Post Tropical

“Pós-Tropical”. Esse termo que nomeia o álbum explica muito bem sua proposta orgânica, tranquila e amena que permeia a obra do músico. Amalgamando gêneros como Indie R&B, Post-Dubstep e Folk Eletrônico, o disco é uma deliciosa viagem por vastos terrenos musicais que direta ou indiretamente trazem ao imaginário do ouvinte os tais ambientes tropicais – e pode agradar fãs de Chet Faker, Bon Iver e James Blake.

Solids – Blame Confusion

Os fãs do bom e velho Indie Rock não ficaram desapontados neste ano, principalmente com um lançamento como esse. Resgatando a sonoridade que reflete diretamente o que Indie significava quando o termo foi cunhado, o duo canadense traz de volta todo o Noise, volume e distorção do Rock Alternativo dos anos 80 e 90 – tudo com aquele toque Lo-Fi que quem gosta da música época adora.

St. Paul and The Broken Bones – Half the City

Ao ouvir alguma das doze faixas deste álbum é bem provável que comparações com Alabama Shakes apareçam em sua cabeça, seja por mostrar imensa qualidade musical logo em um álbum de estreia, pelo fato de músicos jovens estarem fazendo som de “velho”, pelo vocal Soul emocionante ou por qual mais outro motivo que você encontrar. E não é por menos, o tecladista Ben Tanner é o “padrinho” da banda e produziu o EP que antecede essa obra. Comparações a parte, esse é um álbum que vale a pena ser escutado por si só.

Disco Doom – Numerals

Apesar da banda ter sido formada em 1996, este é só o seu terceiro álbum. Logo, muito do frescor de sua obra continua presente e muito do que a o trio fazia em seu começo de carreira continua intacto. O som é uma mistura de Indie Rock, Noise Rock e Rock Experimental que cruza décadas de boa música sem se prender a uma delas especificamente. Um daqueles álbuns que podem ser considerados atemporais, sabe?

Skrillex – Recess

“Guess who is back motherfucker?” – É mais ou menos assim que Skrillex nos recebe logo na primeira faixa de seu tão aguardado primeiro álbum. E sim, Sonny Moore está de volta com toda a bagagem coletada em todos esses anos em atividade e resolve mostrar tudo de uma só vez nessa coletânea de faixas que forma seu debut. Pode não ser o álbum mais conciso de ano, mas certamente é um dos mais divertidos e vale a pena audição.

Chet Faker – Built on Glass

Se na cena Eletrônica/ R&B/ Neo-Soul (ou seja lá se como chamem alguma de suas variações) existem artistas que constroem toda sua música a partir da voz. Faker parte por um lado diferente. Seu vocal realmente não é seu forte, mas aliado com seus talentos de produtor, ele consegue criar um resultado incrível e que sabe explorar suas “fraquezas” e transformá-las em seu grande ponto forte. O misto envolvente e convidativo de seu álbum é realmente único e certamente um dos destaques de 2014.

Todd Terje – It’s Album Time

Ao observar a capa do álbum e ao dar o play, diversas imagens, prolongamentos do que esta arte te instiga, começam a brotar em sua mente. Cenas de um filme de espionagem durante os anos 80 ou ainda algo relacionado a festas grandiosas e cheias de requinte. E drinks, muitos deles. Tudo isso com aquele clima futurista de algo que bebe diretamente na fonte de gêneros antigos (Dance Music, Disco, Funk, Jazz). Então, separe sua taça, abra seu melhor champanhe e venha se deliciar ao som deste ótimo álbum.

Craft Spells – Nausea

Depois de um período de bloqueio criativo Justin Vallesteros e sua turma estão de volta com mais um álbum. Esses anos que se passaram fizeram o grupo absorver novas influências e progredir na qualidade de suas letras, tornando esta segunda obra mais madura. Se Idle Labor (2011) já foi um discão, esse se torna ainda melhor – em muitos aspectos, pelo menos.

Freddie Gibbs & Madlib – Piñata

A união de dois dinossauros do Rap não podia gerar nada menos que um dos melhores lançamentos do gênero em 2014. O álbum surge de uma combinação exótica de das batidas e referências à música negra (parte do produtor Madlib) com os versos urbanos e que mostram o cotidiano das periferias (Freddie), gerando um resultado fluído, cheio de bons versos e com uma musicalidade envolvente. Um prato cheio para os fãs do estilo.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts