Cinco bandas que tirariam seu sono em um filme de Terror

Seja através da aparência ou pensamentos maldosos, considere ficar de olhos bem abertos para evitar os sustos com esses músicos

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A estética do bom mocismo, beleza e estilo impecáveis atinge uma vasta parcela de quem produz música, afinal é uma boa maneira de se conquistar fãs e passar confiança mesmo que a sonoridade não seja sempre tão boa quanto a aparência.

Em comemoração ao Halloween neste dia 31 de outubro, resolvemos falar do outro lado da moeda, as anti-divas e bandas que chocam com seu destaque pelo visual inoportuno, e até amedrontador, a ponto de ser cogitada uma participação dos mesmos como destaque em um filme de terror.

Die Antwoord

Desde suas primeiras faixas, o duo sulafricano Die Antwoord já tinha marcante apelo estético e foi com a música I Fink You Freeky que ele desencadeou ainda mais perturbação aos olhares do público em geral, mas sem decepcionar com suas rimas. Os vocais infantilizados de Yo-Landi se une ao seu atípico corte de cabelo e seu olhar cravado, já seu parceiro Ninja poderia facilmente ser um vilão atormentado e disforme a julgar pelo seu porte físico e olhares de poucos amigos.

Na música citada acima, os mais diferentes tipos de pessoas disformes se unem a um cenário destruído enquanto o rap ritmado se desenrola. Em seus clipes, é recorrente o uso de lentes de contato opacas, violência gratuita e incitação à sexualidade de forma perturbadora, contribuindo ainda mais para sua carreira no cinema do horror. A vocalista teria todo cacife para ser o tormento em um filme pós-apocalíptico ou de possessão demoníaca.

Fever Ray

O som tribal, místico e um tanto experimental encontrado ao lado de Fever Ray já seria arrepiante o suficiente para se ouvir numa daquelas noites em que a energia acaba e você está sozinho em casa sem uma vela pra se iluminar. O alter ego musical de Karin Dreijer traz em seu visual uma variação entre as características de vestimenta de um mendigo, daqueles que carregam vários entulhos e aparecem do nada com a mão esticada, te dando bons sustos, e chegando a visuais monocromáticos com o rosto plenamente pintado em uma só cor, ou então com referências étnicas, criando um clima de ritual sinistro.

Faixas como When I Grow Up, The Wolf, Now’s The Only Time I Know e If I Had a Heart trazem os vocais abafados de Karin como trilhas perfeitas para momentos de suspense em filmes mais orgânicos. A cantora combinaria com longas que trazem ambientação para recorrentes assassinatos em ambientes abertos, acampamentos e lendas da floresta, um dos temas mais recorrentes a serem encontrados nas prateleiras das locadoras.

Iamamiwhoami

Tudo começou como um grande mistério através de vídeos instigantes no YouTube. O nome Iamamiwhoami se cobria de elementos naturais de forma obscura e aleatória e se cercava também de influências étnicas em seu som, sendo até julgado inocentemente como um viral para um grande projeto. A face que se escondia foi se mostrando aos poucos e despertando ainda mais a ansiedade de quem se interessa por referências mais sérias e soturnas.

Depois de cerca de cinco vídeos, Jonna Lee mostrou que essa era sua nova versão a partir de agora, que até então havia apenas se lançado como uma típica cantora solo, que foi destaque em 2009 em uma lista de apostas do iTunes e apresentações significativas em festivais como SXSW.

Na nova fase, suas canções traziam um mistura heterogênea de timbres eletrônicos e batidas ritmadas. Mesmo com uma onda hype a projetando, em pouco tempo Jonna já não era mais alvo de interesse, levando a crer que a cantora se encaixaria bem num personagem perturbado que isolaria na mata e não pouparia as almas humanas que a renegaram.

Soko

A presença da francesa por aqui pode até parecer incomum a uma primeira análise, já que as canções da garota não apresentam ameaça alguma e trazem uma melancolia adocicada, mas através de uma ótica mais aprofundada, Soko traz em suas canções recorrentes evocações de morte e alto índice de vingança, seja com o romance que não deu certo, ou se mutilando de forma agressiva.

Como hoje o dia é de maldade, os pensamentos perturbados de Stéphanie Sokolinski se aplicariam a uma ótima trama de terror psicológico, na qual os personagens principais se livram dos demais por motivos a fio: Morte por prazer, por arrependimento, por estar pré-destinado para tal atitude ou até mesmo por patologia. Soko entra na categoria “rosto angelical” que traz nas costas um punhal preparado para o momento certo.

The Black Belles

O clichê nunca é demais para um bom filme trash de Terror. As típicas cabeças ceifadas sem piedade, unhas, dentes, verrugas e pelos postiços já assustaram muitas pessoas antigamente em segmentos Thriller, e a banda atual que melhor representa a classe é a inspirada na bruxaria roqueira e produzida pelo também misterioso Jack White, a The Black Belles.

O Rock garageiro das garotas mais desperta a vontade de dançar do que a de se acuar em um canto gritando por socorro. No entanto, o histórico das senhoras feiticeiras não negam: Não é de hoje que o segredo de uma boa bruxa é saber hipnotizar e conquistar sua vítima de maneira acolhedora sem ser notada sua real intenção de maldade. Apesar de o personagem estar mais ligados a clássicos lúdicos e assustar em sua maioria criancinhas, as místicas Shelby Lynne, Ruby Rogers, Olivia Jean e Christina Norwood seriam ótimos imãs numa repaginação do famigerado Bruxa de Blair.

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Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.