Como não curtir Metronomy?

Por telefone, Joseph Mount comenta sobre vinda da banda ao Brasil e o disco “Love Letters”

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Tem bandas que geram uma resposta imediata sempre que mencionadas. Com Metronomy, minha experiência é de uma reação mais que positiva sempre que alguém comenta sobre o quarteto londrino. Com quatro álbuns lançados, o grupo alcançou com grande mérito o respeito que tem com público e crítica apostando em ótimos trabalhos que sempre fogem do óbvio.

Algumas semanas antes de vir ao Brasil (Metronomy fez show no Rio de Janeiro na semana passada e apresenta-se no Popload Festival neste fim de semana em São Paulo), conversei por telefone com Joseph Mount, fundador da banda, e, ao fim de pouco mais de dez minutos de bate papo, ele só me deu mais motivos para gostar ainda mais da banda – e como não curtir um pessoal desses que faz um som assim? Entenda por que.

Criatividade a mil

Uma grande novidade do recente Love Letters é ele ter sido gravado de maneira analógica, diferente das experiências eletrônicas pelas quais a banda sempre foi conhecida. Sobre isso, Mount comentou ter gostado muito do processo e do resultado, mas que isso não acontecerá no próximo álbum. “Queremos coisas novas”, ele disse, “a experiência foi válida, estamos muito satisfeitos com o disco, mas as novas ideias são mais eletrônicas”.

Melhores clipes

A ligação foi logo que o clipe de The Upsetter saiu, então é claro que eu puxei o assunto dos vídeos. “Adoramos fazer vídeos”, ele disse, “temos a experiência de trabalhar com pessoas muito talentosas que não poderíamos conhecer se não fosse por esses trabalhos”. Entre essas pessoas, figura o cineasta Michel Gondry (de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), que ficou incumbido da direção do vídeo para faixa-título do novo disco.

Inspiração autossustentável

Com os shows no Brasil tão próximos, é claro que falamos de turnês, e tudo o que ele me falou sobre os shows foi aquilo que é realidade para qualquer banda desse porte: é bom, mas cansativo, as respostas do público são ótimas etc. O mais interessante, contudo, foi quando começamos a conversar sobre o que essas turnês ensinam pros músicos. “Me fazem perceber o quanto eu sinto falta da família, dos amigos, da namorada”, disse Mount, “e isso me inspira a fazer música”. Ou seja, quanto mais a banda viaja pra fazer shows, mais assunto tem pra compôr. Nada mal.

Visual e poses impecáveis

Se tem uma banda que sabe escolher figurinos, essa banda é Metronomy. Repare nos clipes e nas fotos como estão todos sempre tão bonitos. Com o clima leve da conversa, arrisquei entrar nesse assunto e logo mandei um: “Como vocês fazem pra estar sempre tão bem vestidos?”. Joseph Mount, no maior estilo britânico, riu e respondeu: “Muita lavagem a seco”. Virei fã.

Metronomy

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ARTISTA: Metronomy
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.