Conheça os brasileiros que estão bombando na cena eletrônica internacional

Com talento e identidade própria, alguns projetos ganham cada vez mais destaque também fora do país

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Numa época bastante propícia para o surgimento de produtores, tanto pela facilidade de manusear hoje com os instrumentos de produção musical (em relação a antigamente) quanto pelo impulso do mercado musical, os brasileiros também não poderiam ficar de fora. O Brasil até hoje se encontra conservador em relação a uma série de outros países que já aceitaram sons não tão comerciais e fazem uma cena bem consolidada com festivais enormes em cima desses estilos. Apesar de ainda tímido, aos poucos, nosso país vem entendendo o nicho e trazendo o Electro House e até o Dubstep para completar line up de tendas importantes, como o recente Palco Perry do Lollapalooza, nos dois últimos anos, e o UMF, também em São Paulo.

Tirando alguns bons macacos velhos que já conhecemos a qualidade, alguns projetos brasileiros começaram a se destacar na cena internacional mostrando talento e identidade própria em gêneros distintos, merecendo destaque também por aqui:

Felguk: A começar com os cariocas Felipe Lozinsky e Gustavo Rozenthal, que se apresentaram no Lollapalooza com tenda cheia. Felguk é conhecido pelo peso de suas faixas e capacidade de misturar um EDM com Electro House bem rasgado. O peso de suas músicas fez com que o duo ganhasse notoriedade fora passando mais tempo em tour internacional do que dentro do país. Vão se apresentar no Rock in Rio 2013, em setembro.

Database: Nome do French House e Nu Disco no Brasil, o duo formado por Lucio Morais e Yuri Chix não poupa no liquidificador de referências da boa música. Pegando o Disco, Funk, Soul, eles conseguem juntar ao Maximal do Justice (grande influência dos caras) e causar catarse em uma pista. Em 2011, assinaram com nada menos que a Kitsuné Maison (casa do Two Door Cinema Club e Delphic), pro lançamento de seu último EP New Disco. Com três faixas, carregaram consigo synths e a credibilidade do gênero que a crítica apostou e aprovou.

Dirtyloud: A premissa de que esses mineiros comem quieto não procede aqui. Vindo de Belo Horizonte, Marcus e Eduardo não economizam quando o assunto é Dubstep. Alvo de (boas) críticas desde Skream, Benda a Datsik e Excision, o duo não decepcionou em sua apresentação no Lollapalooza 2013 quando provou que não estavam nos charts do Beatport por brincadeira.

The Twelves: Direto do Rio de Janeiro, João Miguel e Luciano Oliveira foram um dos primeiros nomes brasileiros da leva de produção de música eletrônica brasileira a pipocar no exterior. Inspirados pela incrível coincidência de ambos terem nascido no mesmo dia (12 de Julho de 1980), Twelves se destaca por seu live ser marcado por mistura de solos de guitarra, com synths, vocais, teclados e drum machines. O duo já assinou remixes para grandes nomes como Two Door Cinema Club, La Roux, Metric e Fever Ray, entre outros, e tem suas influências pairando entre Cut Copy, Goldfrapp e MSTRKRFT. Apesar dos caras ficarem mais lá fora do que aqui, The Twelves foi atração do último Rock’n’Rio na tenda eletrônica.

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Publicitário que não sabe o que consome mais: música, jornalismo ou Burger King