Depois da febre do “Harlem Shake”, conheça o Trap

O gênero, que cada vez entra na graça dos maiores produtores, se alimenta de suas influências do Hip Hop e traz uma estrutura similar ao Dubstep

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No começo do ano, o Trap foi pontuado como um dos gêneros da música eletrônica que iria deslanchar em 2013. Com a febre dos vídeos sem noção do Harlem Shake, do grande e agora mais conhecido, Baauer, o estilo deu uma boa espalhada e, hoje, está presente nas produções e nos sets dos maiores produtores de música eletrônica do mundo.

O estilo nasceu no início dos anos 2000 através de uma influência forte do Crunk e Hip Hop americano sulista, o típico som que o gueto underground tinha maior afinidade. Como uma semelhança absurda com Dubstep, seu drop, como seu próprio nome diz, tem o arranjo musical mudado para uma melodia completamente diferente, também bastante arrastada, porém com maior enfoque nos agudos do que nos graves. Sua estrutura é recheada de sintetizadores emprestado do Dutch e uma marcação de grave espaçada (com baixo BPM, por consequência) no 4 por 4.

Depois do ápice que o Dubstep e o Moombahton tiveram, alguns produtores já vão diminuindo suas apostas com tais gêneros e vão mudando seus estilos com o que acreditam que acontecerá a originalidade. Nos streams do Soundcloud, o Trap já virou febre e é perceptível que está sendo estudado misturas para que se traga uma roupagem do gênero diferente do Break que estourou em 2000. No caminho em busca dessa inovação, achamos alguns deles já migrando e botando suas asas de fora para não ficar pra trás.

1) Dillon Francis: o (estranho e) querido (ex) produtor, que foi pioneiro nas produções de Moombahton, já botou a cara a tapa mostrando que quer ser um dos primeiros a representar o Trap na cena alternativa. Demonstra já habilidade nas misturas de Electro House com Trap com uma cara de EDM, mas como já dissemos, ”it’s a trap!”:

2) Zedd, um dos produtores com maior nome na cena EDM, lançou seu EP de remixes, e um dos escolhidos foi Brillz, um amante assumido do Trap. Até agora a melhor versão de Clarity:

3) Flosstradamus, um dos maiores nomes da produção de Trap mundial, mostra que tem experiência no gênero, prova que faz direito (produzindo algumas faixas do EP da Iggy Azalea), e há tempos (suficiente pra remixar Original Don):

4) O Dubstep, com toda sua proximidade com o estilo, não podia ficar de fora dos remixes de Trap. Escute o edit de Subtroniks no trabalho do Skrillex:

5) D. Shiggy Beats e Plastic People já tentam pegar as produções mais comerciais e arriscar no Trap. Foi o caso de Scream & Shout, do Will I Am em colaboração com Britney Spears, e Save The World, do Swedish House Mafia:

Uma coisa é unânime: Assim como o Dubstep e o Moombahton, o Trap está agora vivendo seu momento de prestígio. O acúmulo de produtores querendo entrar na onda e mostrar que estão dentro das tendências pode gerar uma repulsa ao gênero bem em breve. Enquanto isso não acontece, é ouvir, se acostumar e aproveitar o estilo. O Trap só está começando.

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Publicitário que não sabe o que consome mais: música, jornalismo ou Burger King