DGTL 2018: Como Foi a Noite de Sábado

Techno e House foram os estilos que embalaram versão brasileira do festival

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Fotos: Luis Fernando de Oliveira

Na segunda edição do festival DGTL no Brasil, apesar do Techno ter sido o estilo com maior espaço nos palcos Modular e Generator, foi a House que fez o público se acotovelar na pista externa da Fábrica 619, no bairro do Jaguaré.

O motivo de tamanha comoção tem nome: Honey Dijon. Um multidão em polvorosa aguardava ansiosamente pela DJ ícone de Chicago, que tinha acabado de fazer uma performance memorável em Belo Horizonte, na festa Masterodd. Dançando tão empolgada quanto os fãs que dividiam espaço na grade, Honey Dijon deu uma aula sobre como é fazer uma pista dançar enlouquecidamente. Clássicos da House e da Disco em novas versões dividiram espaço no set com faixas autorais da artista, como as do EP Personal Slave, tudo entrecortado com viradas surpreendentes e vocais certeiros capazes de reverberar no corpo e mente dos fãs.

Outro ponto interessante foi a participação do cantor brasileiro Abrão junto do grupo Red Axes no palco Modular. A performance live de Henrik Schwarz surpreendeu a todos conforme esperado, além do pulsante B2B entre Rødhåd & Daniel Avery, que deu passagem ao encerramento sempre apoteótico com Dixon.

Nas atrações brasileiras, vale destacar as apresentações de Max Underson, RHR, Cashu e Zopelar no Generator, todas muito elogiadas pelo público. No palco Frequency, a DJ Linda Green ainda marcou a todos com um visual drag e um set caprichado, que casou com o lendário Luiz Pareto, a próxima atração. Márcio Vermelho novamente roubou a cena numa das melhores performances da noite no Modular.

Ben Klock conduziu a multidão de forma quase hipnótica num set que mostrou o motivo desse cara ser um dos residentes mais aclamados do clube alemão Berghain no palco que ainda teve sets memoráveis de Len Faki, DVS1 e Dax J.

Visuais

A instalação de LED do artista Muti Randolph foi um dos destaques da parte artística do evento, que contou com estrutura luminosa impecável da 28 Room em parceria com Bob Roijen. No palco Frequency, ainda houve projeção do duo Modular Dreams e uma divertida instalação das Irmãs Lumièrra, num espaço dedicado a abrigar artistas performativos.

Muti Randolph

Contudo, chamou a atenção o fato de não terem ocorrido todas as performances com artistas visuais junto dos DJs nos palcos, conforme esperado. A Coletividade NÁMÍBÌA, que reúne grande parte dos performers escalados, manifestou-se negativamente em relação ao tal cancelamento, que ocorreu de forma arbitrária e constrangedora de acordo com depoimento dos artistas. A reportagem do Monkeybuzz recebeu o seguinte posicionamento do DGTL: “A organização do evento está apurando os fatos e lamenta o ocorrido. O festival preza pela liberdade artística e o respeito à diversidade”.

Estrutura

Neste ano, cerca de 12 mil pessoas estiveram presentes no festival. Em alguns momentos, foi complicado se deslocar pelo espaço muito lotado, que teve banheiros insuficientes e ainda com higienização que deixou a desejar desde cedo. Fica o recado para a próxima edição, já agendada para 4 de maio de 2019.

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