E Quem É Que Não Curte Fazer Listas?

“Alta Fidelidade” faz a alegria dos fãs de música e de cinema ao citar ao longo da história diversas bandas clássicas em muitas e muitas seleções feitas pelo protagonista

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Fim de ano é aquela época em que somos bombardeados por listas por todos os lados. “Os mais” alguma coisa, “os melhores” de outra e todas as suas variações opostas e o que mais a criatividade de seus autores permitir. E quem é que não gosta disso? Essa comoção toda ao redor dessas seleções organizadas me fez lembrar de um filme não só cheio delas, mas que também figura em diversas listas de preferidos tanto de fãs de cinema, quanto dos de música.

Alta Fidelidade (High Fidelity, 2000) é inspirado no livro de mesmo nome, escrito por Nick Horby – um conhecido crítico musical britânico. Ele conta a história de Rob Gordon (vivido por John Cusack – que também trabalhou no roteiro), um musicófilo e proprietário de uma loja de discos que passa seu tempo montando seleções de músicas sob um mesmo tema. Tanto que quando ele abre um selo, o batiza Top 5 Records.

Enquanto passeia por seus discos para buscar conselhos para sua vida amorosa, o espectador é agraciado pelos mais variados sons, de Belle and Sebastian a Bruce Springsteen (que faz uma ponta no filme) e de Elton John a The Chemical Brothers – isso sem contar na quantidade de músicas que são referenciadas ao longo da trama, o que me faz pensar que aqueles que não tem uma vida musical muito ativa devem ficar perdidos em algumas cenas.

Assim como acontece nas listas que trazem um número limitado de itens, seja de 5, 10, 20 ou quanto for, não deu para a trilha-sonora oficial, aquela vendida com o nome do filme, dar conta de tantas faixas. Por isso, na hora de escolher quais canções carregariam o nome Alta Fidelidade, foram escolhidas as que mais se encaixam em momentos específicos da história, como Inside Game, da Royal Trux, que é a música da banda que Rob produz sob seu selo, por exemplo.

The Velvet Underground (com duas faixas), The Kinks, Bob Dylan e Love são alguns dos que estão presentes na compilação. Tem até um Jack Black, até então um semidesconhecido, cantando Let’s Get It On, de Marvin Gaye, como no filme.

Vale a pena assistir, ler e ouvir.

The Kinks – Everybody’s Gonna Be Happy

Love – Always See Your Face

The Velvet Underground & Nico – Oh! Sweet Nothin’

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.