Entrevista: DVNO

Bem humorado, o DJ e produtor nos contou sobre a cena francesa e nacional do eletrônico, seu futuro tecnológico e prometeu uma noite incrível neste sábado no Lab Club

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Ao ler o nome DVNO, o que provavelmente nos vem à cabeça é a faixa homônima que aparece no primeiro disco do Justice. Pois bem, a relação é total, já que esse é o nome artístico de Mehdi Pinson, o responsável pelo vocal da música.

Mehdi, que já está na cena eletrônica há muito tempo e que compunha a Scenario Rock, dupla de Indie Dance, também é DJ, cantor, produtor, multi-instrumentista e produtor, e está em terras paulistanas para se apresentar neste sábado no Lab Club.

Conversamos com ele, que, com respostas descontraídas, nos falou sobre bandas de Rock que estão utilizando elementos eletrônicos, o cenário brasileiro da cena da e-music, a importância que é dada à cena francesa até os dias de hoje e como ele enxerga o futuro tecnológico para os futuros artistas do eletrônico.

Monkeybuzz: A cena Eletrônica francesa sempre foi forte, desde a década de 90, se tornando base para diversos músicos. Como você vê essa referência? DVNO: Acho que é lisonjeador. Estou envolvido com a cena francesa desde o início dos anos 90, então me faz bem estar associado com uma espécie de patrimônio quando você não se contenta com o que toca no rádio. Sou um grande fã da maioria dos novos selos franceses, como Marble, Bromance e Sound Pellegrino – eles estão mesmo levando a herança para outro nível, criando suas próprias tendências, suas próprias regras.

Mb: Mais e mais bandas de Rock estão incorporando elementos eletrônicos ao seu som, como Muse ou The Strokes. Você acha que essa é a tendência? DVNO: Sim, ou talvez seja preguiça. Odeio Muse, mas amo The Strokes (o primeiro álbum é um clássico total).

Mb: Os avanços tecnológicos na música foram importantes para a cena Eletrônica. O que você vê como boas ferramentas e plataformas para novos artistas? DVNO: Uau, isso está ficando sério! Com certeza, é uma boa em termos de tecnologia e é inspirador e desafiador. Eu tento não pensar muito nisso. Por exemplo, eu não gosto do fato que a música, hoje em dia, parece ser 80% marketing viral e 20% talento puro. Estou tentando ser ingênuo e focar no que é novo, mas a Internet é meio hostil (risos).

Mb: Justice deu um boom para sua carreira, mas agora é hora de falar de você. Como você explica o seu som para os fãs? DVNO: Eu achei que eu que tinha dado um boom escrevendo um hit para eles (risos). É uma questão de bom karma, não é? Descrever minha musica não tão fácil, já que eu ando esquizofrênico ultimamente, lançamando remixes e mixtapes que misturam antiguidades do Hip Hop, Jazz-Prog Psicodélico e estranhezas eletrônicas. Você pode ver meu Soundcloud e meu site oficial dvno.fr para espiar o que eu tenho feito. Eu tenho um novo álbum sob o nome DVNO sendo feito, produzido por amigos já mencionados aqui – mas não posso dizer mais do que isso. Minha nova mixtape com DJ Pone sairá em breve também.

Mb: Você já tocou no Brasil no ano passado. O que podemos esperar das novas apresentações nesta semana? Alguma novidade? DVNO: Que tal se eu encher um chapéu com um monte de papéis com títulos de músicas em cada um, daí todos podem sortear uma faixa e eu a toco? E se nós deixarmos a fé decidir o que vai acontecer? Brincadeira. Quem sabe? Só sei que será o máximo!

Mb: Quais nomes da cena Eletrônica brasileira você conhece? O que você acha deles? DVNO: Um abraço para minha família e amigos brasileiros: Database, Killer On the Dancefloor, Mixhell, Fatnotronic, Roots rock Revolution, Zegon, Djego, 2horsemen, Dubstrong, Sany Pitbull, Nando Feitosa, Ad Ferrara, Jackson Araujo e todos os meus camaradas do Secreto. Eles são incrível! (Disse ele em português)

Serviço:

DVNO Lab Club, São Paulo-SP – 10/11 Valor: Mulheres: VIP até 01h // após 01h: R$10 entrada ou R$30 consumação – Homens: R$30 entrada ou R$50 consumação Horário: 23h Endereço: Rua Augusta, 523 – Consolação Telefone: (11) 3825-1960 Mais informações na página do evento no Facebook

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ARTISTA: D.V.N.O
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).