Falar de LCD Soundsystem é falar da união entre a despretensão e o ânimo, entre o “Do It Yourself” e a megalomania, entre o Punk e o House, o Pós-Punk e a Dance Music. Entre batidas encorpadas e melodias doces. Pista cheia e introspecção. Festa e melancolia.
Falar de LCD Soundsytem talvez seja, sobretudo, falar simplesmente de James Murphy, um dos grandes gênios da música Pop dos últimos 20 anos. Cérebro por trás de tudo o que o grupo lançou, Murphy teve a capacidade de captar o espírito do novo milênio e, ainda assim, rejeitar tendências vigentes. O resultado é uma obra original e única, perfeita para sua época e em íntimo e constante diálogo com o que veio antes e depois. Em meio a agilidade e os excessos da Era Digital, Murphy soube dominar as possibilidades das novas tecnologias, mas sem ser robótico e fugaz. Não há mundo cibernético capaz de fazer James Murphy esquecer do que nos torna humanos.
Homenageamos o LCD Soundsystem com sete resenhas que vão da brilhante trinca inicial ao aguardado e celebrado retorno, passando pelos sempre imperdíveis experimentos ao vivo.
LCD Soundsystem (2005)
Pontapé inicial arrebatador, disco de estreia, de uma só vez, capta espírito e rejeita as tendências da época em que foi lançado [Resenha]
45:33 (2006)
Produzido a partir da encomenda de um aplicativo de corrida, “disco de uma faixa só” carrega outros contornos e propósitos, muito por conta do talento de Murphy [Resenha]
Sound Of Silver (2007)
Passando com sobras pelo “teste do segundo disco”, banda trabalha som dançante, catártico e caótico, enquanto celebra as particularidades e os detalhes do cotidiano [Resenha]
This Is Happening (2010)
Terceiro álbum encerra a magnífica fase inicial e representa o fim do ciclo da banda como uma das porta-vozes de sua geração [Resenha]
London Sessions (2010)
Registro ressalta a experiência coletiva e orgânica da banda de James Murphy antes de seu hiato no início da última décadau [Resenha]
american dream (2017)
Após hiato de sete anos, James Murphy e companhia retornam em grande forma, mergulhando em mágoas acumuladas da meia-idade [Resenha]
Electric Lady Sessions (2019)
Entre a energia do ao vivo e as possibilidades de estúdio, registro no lendário espaço propõe uma festa decadente – da qual ninguém vai embora [Resenha]