Leituras Da Semana: Daft Punk, Deafheaven e Black Metal

Separamos alguns dos melhores textos sobre música que lemos pela Web nos últimos dias

Loading

Semanalmente, filtramos os melhores textos nacionais e internacionais que encontramos na rede, a fim de enriquecer ainda mais seu conhecimento sobre música.

Você também pode acompanhar as leituras da semana através de nossa Readlist. Ela compila os artigos e permite que você os leia em formato de e-book no seu smartphone, tablet ou até mesmo no Kindle.

Brasileiros

Band Branding: Daft Punk, por Rafael Marcon no Perdidos no Ar

Dos primórdios de sua carreira ao estrondoso e laureado sucesso Random Access Memories, a dupla francesa é analisada sob o ponto de vista do design e do marketing em um texto que disseca sua história como um estudo de caso de branding.

“Engraçado é que apesar do estilo rabiscado, a marca nunca foi apresentada como se tivesse sido escrita a mão, mesmo na primeira década da carreira, quando o logo era usado à exaustão em tudo quanto era capa de disco, single e onde mais coubesse. Os álbuns sempre a mostraram como uma marca consolidada, em aplicações diversas.”

(recomendado por André Felipe de Medeiros)

Internacionais

Belgium’s ‘Popcorn’: the last underground music scene in Europe, por Bob Stanley no The Guardian

O interessante artigo apresenta um pouco do cenário Belga dos anos 70 e de lá pinça um movimento, clamado como a última cena undergound europeia. Envolvendo a música, mas não a produção dela, esse movimento nomeado como Popcorn (a partir de uma casa que se chamava Mother Popcorn em homenagem o hit de James Brown) e sua seleção musical, na maioria derivados da música negra norte-americana como Soul, Blues, Funk e Jazz todos tocados em rotações mais baixas. Hoje em dia pode não parecer algo muito inovador, mas certamente foi para época e para os jovens que lá viviam.

“Its narrative was formed by Belgians in the 1970s, largely from American records made in the 50s and 60s. It took its name from a club named in honour of James Brown’s 1968 hit Mother Popcorn, but it has little to do with funk.”

(recomendado por Nik Silva)

Por que os fãs de Black Metal são uns cuzões elitistas?,, por Jonah Bayer (Traduzido)

No ano passado, o disco da banda Deafheaven chamou muito atenção da crítica especializada e de certa forma fez popularizar alguns gêneros mais obscuros do Rock. Os fãs de Black Metal e seus derivados reagiram contra e é a partir dessas respostas e reações dos grupos que Jonah Bayer resolveu investigar mais afundo os adeptos desse estilo. Colocando-os lado a lado de outras variações musicais, Jonah mostra que o fanatismo e a segregação exacerbada comprometem os fãs mais do que qualquer estética ou atitude dark.

“Por fim, Irate Earwig está certo. Há um nível inerente de elitismo em cada grupo de interesse específico. Talvez seja mais evidenciado e enraizado em algo tão à margem como o black metal é hoje em dia. É provável que os fãs de Sex Pistols tenham se sentido assim quando bandas como Green Day e Offspring explodiram nos anos 1990. Não obstante, em algum momento você precisa simplesmente aceitar que aquele lance que você curte pode se tornar mais popular ou ter elementos cooptados por outros gêneros — e se você parar pra pensar, isso é parte do que faz a música ou qualquer outra forma de arte terem valor na cultura.”

(recomendado por Fernando Galassi)

Anything But Quiet: New Age Now por Mike Powell na Pitchfork

O texto é apresentado de uma forma bem pessoal, na qual o autor faz uma conexão com seu passado e relata experiências pessoais, tendo o New Age como assunto principal. Ele discute um pouco sobre o estilo e mostra diferentes pontos de vista, tentando buscar uma definição de como as melodias suaves, sons instrumentais e vozes etéreas possuem seu valor, mesmo sendo classificadas como música de má qualidade ou até estigmatizados por serem sons usados para práticas que buscam despertar sentimentos de harmonia e paz interior. Ele relaciona essa aversão ao estilo com a necessidade humana de despertar sentimentos opostos e intensos, como uma característica presente em todos nós.

“New age doesn’t stir emotions, it alleviates them. On some level I understand why people can’t tolerate this music. It’s the same reason people can’t tolerate when other people maintain eye contact too long. Society has conditioned us to treat any show of sustained gentleness with either skepticism or pity. We’re taught to thrive on drama, anxiety, and violence because drama, anxiety, and violence are more dynamic and easier to sell. Nothing is less interesting than inner peace. Try and tell a friend about a time when you felt completely at ease with the tides of the world and you’ll see what I mean.”

(recomendado por Maynara Fanucci)

Loading

Autor: